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A matemática configura um dos grandes mistérios do universo para a maioria dos mortais sobre a Terra, mas há pessoas para quem manipular e compreender números, incógnitas e equações seja uma arte. E trabalho duro. É isso que estudantes de cursos de graduação em Matemática de várias universidades do país estão mostrando na Jornada de Matemática, Matemática Aplicada e Educação Matemática (J3M) que acontece entre essa quarta (4) e sexta-feira (6) na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Diferenças

O professor Alexandre Kirilov explica, rapidamente, a diferença entre os eixos de pesquisa englobados pelo J3M:

Álgebra – é o ramo que estuda a teoria dos números, equações, operações matemáticas.

Geometria – estuda as transformações de superfícies e as formas de objetos.

Análise de equações – debruça-se sobre equações mais complexas, com variáveis desconhecidas, ligadas a fenômenos da natureza, da física e da química.

Análise numérica – área que desenvolve métodos para utilizar a matemática computacionalmente.

Otimização – pesquisa maneiras de resolver problemas mais rapidamente.

Educação matemática – engloba projetos voltados à formação do professor de matemática.

O evento foi planejado e promovido pelos próprios alunos do curso de Matemática da Federal com o objetivo de contemplar todas as possibilidades de pesquisa e trabalho da área. “Queríamos a participação de projetos de todas as áreas da matemática para mostrar que existem muitas possibilidades. Os alunos acabam não conversando sobre suas áreas de pesquisa, a ideia é promover esse intercâmbio de conhecimentos e ampliar o olhar dos estudantes”, explica Alexandre Kirilov, professor do departamento de Matemática da UFPR e membro da comissão organizadora da J3M.

Durante os três dias, serão apresentados 48 trabalhos divididos nas áreas de pesquisa: Álgebra, Geometria, Análise de Equações, Análise Numérica, Otimização e Educação Matemática. Participam estudantes da UFPR, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Uma banca de especialistas é responsável pela avaliação de cada apresentação e por formular um parecer com orientações sobre os trabalhos. Ao fim da jornada, dois trabalhos de cada eixo serão premiados com um certificado de excelência acadêmica.

Reconhecimento

Na avaliação de Kirilov, as pesquisas desenvolvidas na área no Brasil contam com o reconhecimento da comunidade acadêmica mundial, mas ele pondera que os investimentos poderiam ser maiores. Ele destaca a conquista da Medalha Fields, o equivalente ao Nobel da matemática, pelo brasileiro Artur Avila – primeiro ganhador da América Latina da história do prêmio. “Temos uma comunidade científica matemática expressiva e temos cooperação com Estados Unidos, China e países europeus.”

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