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Análises dizem respeito à escolha do trem e dos equipamentos | Arquivo/ Gazeta do Povo
Análises dizem respeito à escolha do trem e dos equipamentos| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

A conclusão dos estudos preliminares sobre o projeto do metrô deve atrasar em um mês. Previsto anteriormente para terminar em fevereiro deste ano, o estudo de engenharia, orçado em R$ 2,3 milhões e executado pelo consórcio Novo Modal, deve ser finalizado até o dia 20 de março. A partir daí, a empresa Ecos­­sistema, responsável por realizar os estudos de impacto ambiental por R$ 344,1 mil, ganhará uma dilatação do prazo para poder embasar as análises nas conclusões do projeto de engenharia.

De acordo com o coordenador do projeto do metrô da Novo Modal, Saulo de Tarso Pereira, detalhes dos estudos serão repassados apenas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O presidente do Ippuc, Cléver Teixeira de Al­­meida, afirma que, neste mo­­men­­to, não é possível adiantar parte das conclusões do estudo, já que as análises estão sendo finalizadas. "Estamos avaliando quais as novas soluções, adequações e se alterações são pertinentes", explica.

De acordo com Almeida, as análises, neste momento, são bastante técnicas e dizem respeito, por exemplo, à escolha do trem e dos equipamentos que serão utilizados. "Queremos um projeto universal, para não encarecer demais na hora de comprar os trens, por exemplo, mas que atenda as nossas necessidades específicas", diz.

Segundo o presidente do Ippuc, o estudo revelou que, em alguns pontos, será necessária a utilização de túneis mais profundos. "Há trechos que não poderemos fazer no sistema cut and cover (túneis mais rasos com um sistema em que se escava e cobre). Há obstáculos que teremos que trabalhar com túnel", explica. De acordo com Almeida, já em relação ao traçado, não haverá mudanças drásticas. "O traçado é o mesmo, talvez com pequenos ajustes por questões de raio, rampa, mas são detalhes não representativos", afirma.

Ainda segundo Almeida, o atraso de um mês para a conclusão dos estudos não é significativo para um projeto desta magnitude. "Este é um projeto que gera discussões mais profundas, tem de se analisar todos os aspectos e esse é um período de mais elaboração", diz. O professor de arquitetura e urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Carlos Hardt, concorda. "É preferível isso (o atraso de um mês) a iniciar um projeto de implantação e ter de ajustar depois", opina. De acordo com o professor, esses atrasos, porém, deixam o sonho do metrô para a Copa cada vez mais distante. O metrô de Curitiba, orçado preliminarmente em R$ 2 bilhões, deve ligar o Santa Cândida ao CIC. (Themys Cabral)

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