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Primeiras amostras de solo para elaboração de estudos do metrô foram retiradas em 2009 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Primeiras amostras de solo para elaboração de estudos do metrô foram retiradas em 2009| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Contratos

Aditivos somam R$ 248 mil

Por causa dos atrasos e alterações nos projetos de engenharia e no desenvolvimento do EIA-RIMA as empresas contratadas para fazer os estudos inicias da construção do metrô em Curitiba já receberam juntas R$ 248 mil em aditivos. Devido ao porte maior do trabalho, o consórcio Novo Modal, que desenvolve o projeto de engenharia, teve o maior acréscimo de valor no contrato: R$ 230 mil. Já a Ecossistema, que elabora o EIA-RIMA, recebeu R$ 17,9 mil em aditivo, segundo o Portal do Controle Social, mantido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), com base em informações da própria prefeitura.

Com isso, o custo total já se aproxima de R$ 3 milhões. O contrato do consórcio Novo Modal passou de R$ 2.335.999,98 para R$ 2.566.593,75. No caso da Ecossistema, a remuneração pelo trabalho aumentou de R$ 344,1 mil para R$ 362 mil.

A prefeitura de Curitiba adiou para fevereiro de 2011 a conclusão dos estudos para elaborar o projeto de engenharia, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima) da chamada Linha Azul, trecho de metrô entre os bairros Santa Cândida e CIC Sul, em Curitiba. Esses documentos são a base para o desenvolvimento de um futuro estudo de viabilidade e criação de um projeto executivo, que detalharão a construção do que seria a primeira linha de metrô da capital paranaense. A previsão inicial é que esses estudos estariam prontos no primeiro semestre deste ano, mas por causa de mudanças ao longo do projeto de engenharia houve atraso em todo o cronograma.

O consórcio Novo Modal (Trends, Engefoto, Esteio e Vega) foi contratado em março de 2009 para elaborar o projeto de engenharia, mas teve o prazo de conclusão do contrato prorrogado por duas vezes, segundo dados do Portal do Controle Social, mantido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), com base em informações da própria prefeitura. Este estudo teria sido concluído em julho e, a partir dos detalhes dele, a empresa Ecossistema começou a se dedicar a desenvolver o EIA-RIMA.

Com isso, uma das metas do Contrato de Gestão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) não será cumprida: no início de 2010, o documento tinha como objetivo a "entrega dos projetos do metrô (sendo que os mesmos encontram-se em fase de análise e correção)." Os dois estudos foram contratados por R$ 2,6 milhões, mas tiveram aditivos e reajustes concedidos pela prefeitura e o custo estimado hoje já soma cerca de R$ 2,9 milhões (veja texto ao lado).

O projeto de engenharia, de responsabilidade do consórcio Novo Modal, traz informações topográficas, geotécnicas, geológicas, hidrológicas do trecho que deve receber as obras e inicia os projetos geométricos, de terraplenagem, de obras viárias subterrâneas, estrutura ferroviária, de edificações (estações, terminais, centro de controle e prédio administrativo), vagões e elabora um orçamento prévio. Já o EIA-RIMA, que está sendo desenvolvido pela Ecossistema, busca medir todo o impacto ambiental que a obra trará para a cidade.

Os estudos foram contratados pela prefeitura depois de uma parceria com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que deve desenvolver depois um estudo de viabilidade econômico-financeira do metrô.

Financiamento

Uma das grandes dúvidas sobre a construção de uma linha de metrô em Curitiba é quem será o responsável por pagar pela obra. O governo federal é o mais cotado a desembolsar os R$ 2 bilhões – estimados em 2008. Porém, o metrô de Curitiba não consta nos planos de investimento em infraestrutura do governo federal, como o Plano de Aceleração de Crescimento 2 (PAC 2), que será executado ou iniciado no governo de Dilma Rousseff a partir do ano que vem.

Portanto, a conclusão das análises para a elaboração do estudo de viabilidade econômico-financeira do metrô é importante para tentar convencer o governo federal a custear a construção. A prefeitura de Curitiba, através do Ippuc, foi procurada para comentar o andamento dos estudos e da negociação, mas a assessoria de imprensa informou que ninguém falaria sobre o assunto. Na CBTU, a informação é que o órgão acompanha o desenvolvimento dos projetos e aguarda a conclusão deles.

A construção de uma linha de metrô foi apontada pelo ex-prefeito Beto Richa (PSDB), eleito governador do Paraná, como uma obra importante para melhorar a mobilidade de Curitiba para receber turistas durante a Copa do Mundo de 2014.

A intenção seria construir até lá pelo menos um trecho da Linha Azul, que teria no total 22 quilômetros de extensão, entre os terminais Santa Cândida e CIC Sul, passando pelo Centro. Estão previstas no projeto 21 estações de embarque e desembarque, com distância média de 1 quilômetro entre elas. O veículo usado no metrô terá características leves com capacidade de transportar 1.150 passageiros em cada composição, formada por quatro carros motorizados. A previsão é que 500 mil passageiros possam ser transportados por dia.

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