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Diretor técnico garante que médica tinha especialização

De acordo com o diretor do Hospital Evangélico, Luiz Felipe Mendes, ao contrário do que foi divulgado na imprensa na última semana, a médica Virginia Helena Soares de Souza, detida em caráter provisório desde a última terça-feira (19), sob acusação de provocar a morte de pacientes internados na UTI do hospital, tinha especialização em Terapia Intensiva. "A informação de que ela não tinha formação adequada não procede e pode ser constatada no seu Currículo Lattes."

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O diretor técnico do Hospital Evangélico, Luiz Felipe Mendes, disse, nesta segunda-feira (25), que a ação policial que prendeu a médica Virgínia Soares de Souza configura abuso pela maneira como foi conduzida até agora. Em coletiva à imprensa, o dirigente da instituição de saúde classificou a ação como constrangedora e relatou que vai pedir uma apuração sobre o suposto exagero na ação policial.

"É constrangedora a forma como está sendo conduzido o caso. Ficamos assustados com o tamanho da repercussão. O hospital foi tomado de assalto. Ficamos sabendo do caso pela imprensa e foi absurda a ação do organismo policial", disse Mendes.

Durante entrevista coletiva, o diretor ressaltou que a entidade está tomando providências contra a polícia e que um pedido de apuração contra a delegada titular do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), Paula Brisola também será feito. Mendes não detalhou como ou onde o pedido será feito, mas que o alvo da apuração é sobre um suposto abuso na operação policial.

A chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, Virgínia Soares de Souza, foi presa temporariamente, na última terça-feira (19), pela Polícia Civil, como suspeita em um inquérito que apura a ocorrência de homicídios na unidade do hospital. Desde então, uma série de denúncias foram feitas por funcionários e ex-funcionários, além de pacientes que tiveram parentes internados na UTI da instituição.

Sobre as suspeitas que recaem sobre Virgínia e pelo menos outros quatro funcionários do Evangélico, Mendes saiu em defesa dos servidores do hospital. Ele disse que não há qualquer registro de queixa relacionado às denúncias que aparecem nos meios de comunicação contra os médicos e funcionários. Porém, Mendes não se posicionou a respeito das acusações e se esquivou quando questionado sobre a possibilidade de negar que tenha ocorrido crime dentro da entidade. Segundo ele, as investigações poderão responder sobre a existência ou não de irregularidades.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para obter um posicionamento sobre as declarações do Hospital Evangélico e aguarda retorno.

Segredo de Justiça

Até o momento, a Polícia Civil investiga o caso em segredo de Justiça, e poucas informações sobre o andamento das investigações foram repassados oficialmente. A defesa da médica alega que o inquérito tem problemas de apuração e relatou que vai entrar com um pedido para que as provas contra a médica sejam apresentadas nesta segunda (25).

Gláucio Antônio Pereira, um dos advogados do Evangélico, também participou da coletiva de imprensa. Durante a entrevista, ele disse que a entidade defende a preservação do sigilo nas investigações e em todo o processo. "A finalidade [de manter o processo em segredo de Justiça] é preservar a paz dos pacientes e de todo o corpo médico", relatou.

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