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As práticas de segurança adotadas em Curitiba durante a Copa do Mundo, como a presença de seguranças privados dentro do estádio, serão discutidas pelo setor. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp) realiza o simpósio "O Legado da Copa do Mundo para a Segurança Privada" na próxima quarta-feira.

A presença de seguranças privados no interior dos estádios, por exemplo, é novidade. Até o ano passado, só a Polícia Militar fazia esse serviço, mas a portaria nº 3233 da Polícia Federal, publicada em dezembro de 2012, mudou o entendimento ao determinar que os eventos com mais de três mil pessoas devem ter sua segurança feita por empresas da área privada.

Cada uma das 12 cidades-sede teve 800 homens de grupos privados trabalhando na parte interna dos estádios, todos munidos com armas não letais, tablets, controle de acesso de íris de olho e smartphones para otimizar a comunicação. Na Arena da Baixada, em Curitiba, também havia um Centro de Controle de Imagens do Estádio (CCO).

"Antigamente você tirava o policial da rua para colocar em um evento privado que auferia lucros para dirigentes, empresários e jogadores. Não era justo, pois quem pagava era a população", diz Jeferson Nazário, presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores (Fenavist).

Informal

No país, segundo dados da Fenavist, 66% das empresas de segurança privada são irregulares e cerca de 50% dos mais de 2 milhões de trabalhadores atuam na informalidade. "Queremos que os entes públicos analisem com mais frequência a presença de empresas clandestinas em grandes eventos. A sociedade não pode ser exposta aos grupos irregulares", fala Nazário. É a Polícia Federal que dá o aval de funcionamento a uma empresa de segurança privada. Para verificar quais são, basta entrar no site da instituição ou visitar o portal do Sindesp.

Para uma companhia ser legal, todos os funcionários precisam passar por escolas autorizadas pela PF, onde aprendem defesa pessoal, tiros e instruções referentes ao tratamento do público. A cada dois anos, precisam fazer a reciclagem do conteúdo.

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