• Carregando...

Um ex-aluno é o principal suspeito de ter articulado o ataque que terminou com duas estudantes feridas na Escola Estadual Professora Jaci Real Prado de Oliveira, em Almirante Tamandaré, região metropolitana. O caso ocorreu na noite de segunda-feira (28), quando uma bomba foi arremessada de fora para dentro do colégio.

Segundo o superintendente da delegacia do município, Job de Freitas, as investigações apontam que o suspeito estudava naquela escola, mas que foi expulso recentemente. Para o policial, ele teria orquestrado o ataque como forma de vingança contra o colégio.

"O suspeito já foi identificado e será localizado e ouvido pela polícia", disse o superintendente. A identidade do ex-aluno, a data em que ele foi excluído do quadro de estudantes e os motivos da expulsão não foram revelados pela polícia, para não prejudicar as investigações.

Job de Freitas disse que as informações preliminares colhidas pela polícia dão conta de que o jovem teria contratado três pessoas para executar o ataque. Para pôr o plano em prática, o grupo teria contado com auxílio indireto de outros alunos, que estavam dentro da escola. "Isso porque cerca de 15 segundos antes da explosão, todas as luzes do prédio foram apagadas", contou o superintendente.

Segundo a polícia, os responsáveis pelo crime vão responder, inicialmente, por lesão corporal grave, mas podem ser indiciados até por tentativa de homicídio.

O ataque

Por volta das 22h30 de segunda-feira, duas alunas da Escola Estadual Professora Jaci Real Prado de Oliveira, no bairro Monte Santo, foram atingidas por estilhaços de uma bomba caseira, arremessada para dentro do colégio. Segundo a polícia, o artefato foi atirado por três homens, que conseguiram fugir. O explosivo se chocou contra o alambrado e explodiu na cancha da escola.

As vítimas foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Evangélico. A assessoria de imprensa do hospital informou que uma das estudantes teve queimaduras de segundo grau. Ela recebeu atendimento médico e foi liberada por volta das 2 horas desta terça-feira. A estudante teve queimaduras na coxa direita, na região lombar e nas mãos. A outra vítima teve ferimentos leves na coxa e precisou de alguns curativos. Ela foi liberada no início da madrugada desta terça-feira.

Segundo Job de Freitas, os médicos apontaram que havia vestígios de querosene nos ferimentos das meninas, o que indica que o artefato era de fabricação caseira. A diretora da escola, Tatiana Rheinheimer, afirmou que nunca houve um registro de violência desse tipo e que se tratou de um fato isolado. "A bomba foi lançada de fora da escola e não sabemos o que motivou esse fato", afirmou. A rotina do colégio seguia normalmente nesta terça-feira e não havia motivo para deixar de comparecer às aulas, segundo a diretora.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]