O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi condenado hoje (24) a 19 anos de prisão em regime fechado pela morte do empresário Domingos Sávio Brandão, dono do jornal "Folha do Estado".

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A sentença veio após mais de dez horas de julgamento no fórum de Cuiabá (MT). Foram quatro votos a favor da condenação, e três contra. Os jurados também concordaram com as qualificadoras do crime: motivo torpe e sem chance de defesa à vítima.

O júri entendeu que o comendador Arcanjo, como é conhecido, foi o mandante da morte de Brandão, em setembro de 2002. O empresário foi alvejado por sete tiros desferidos por um pistoleiro, e deixou a mulher grávida de sete meses.

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Reportagens publicadas pelo jornal "Folha do Estado" denunciando a organização criminosa comandada por Arcanjo motivaram o crime, segundo a Justiça.

Arcanjo já cumpre pena em presídio federal no Mato Grosso do Sul por lavagem de dinheiro, ocultação de bens, evasão de divisas e formação de quadrilha. Considerado o chefe do crime organizado em Mato Grosso nos anos 1990, ele também é acusado de envolvimento em outros homicídios.

Durante o julgamento, Arcanjo negou o envolvimento no crime. "Não tenho as mãos sujas de sangue", disse o réu, que reconheceu ao juiz Marcos Faleiros o envolvimento no jogo do bicho e com a exploração de cassinos, mas negou que tenha explorado máquinas de caça-niqueis.

"Faltam provas no processo. A acusação divaga, viaja, delira", disse o advogado de defesa, Zaid Arbid.

Já o promotor João Gadelha disse que há muitas provas da participação de Arcanjo no crime. "Não há outra pessoa que tivesse interesse em ceifar a vida de Sávio Brandão a não ser a pessoa de João Arcanjo", declarou.

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