São Paulo – A Polícia Federal prendeu o ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, em sua casa localizada no Morumbi (zona oeste de São Paulo). Quinze agentes da Delegacia de Repressão Crimes Financeiros participaram da operação.

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Cid Ferreira teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público Federal e decretada pelo juiz da 6.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, responsável pelo processo em que o ex-banqueiro é acusado de gestão fraudulenta e crimes financeiros que teriam levado à quebra do Banco Santos.

O Ministério Público estima que a instituição financeira deixou um rombo de mais de R$ 1 bilhão. No ano passado, a Justiça decretou a falência do Banco Santos.

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O processo que levou à falência começou em 12 de novembro de 2004, quando o Banco Central decretou a intervenção na instituição financeira.

Após descobrir que a situação financeira do banco vinha se deteriorando rapidamente, o BC afastou Edemar Cid Ferreira e os então diretores do controle da instituição e nomeou Vanio César Aguiar como interventor. Sua responsabilidade seria apurar possíveis irregularidades cometidas por dirigentes da instituição e levantar informações necessárias para que fosse decidido seu futuro.

Na época, os correntistas do banco tiveram saques limitados a R$ 20 mil para contas à vista e cadernetas de poupança. Os demais recursos ficariam bloqueados à espera de que fosse encontrada uma solução para a instituição financeira. O interventor e representantes dos antigos controladores do Banco Santos não foram capazes de elaborar um plano que permitisse sua reabertura, que poderia incluir a venda de seus ativos e agências para outra instituição financeira, por exemplo. Com isso, o BC decidiu decretar a liquidação da instituição em 4 de maio de 2005.

Cid Ferreira foi acusado por Pedro Collor, irmão do ex-presidente da República Fernando Collor, de participar do esquema PC Farias. A acusação nunca foi comprovada. No mesmo ano, foi eleito presidente da combalida Fundação Bienal – tendo como vice o editor Pedro Paulo de Sena Madureira, seu amigo e apontado como avalista de Edemar no mundo das artes plásticas.

Paralelamente, passou a montar sua coleção particular de artes – a Cid Collection. Era bem visto por galeristas e marchands, para quem ele tinha bons olhos, boa assessoria e era bom pagador.

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