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Santos – A ex-estagiária de administração de empresas Carolina de Paula Farias, de 24 anos, foi condenada a 30 anos e 4 meses de reclusão por três crimes ocorridos em 2005: o assassinato de sua ex-colega de trabalho Mônica Tamer Cruz de Almeida, de 42 anos, e a tentativa de homicídio contra outras duas mulheres. A decisão do júri popular foi de 5 a 2 votos. O julgamento, que aconteceu no Fórum de Santos, na Baixada Santista, teve início na terça-feira e terminou às 2h10 da madrugada de ontem.

Carolina foi estagiária de administração de empresas da indústria Petrocoque, em Cubatão, e teria cometido os crimes porque pretendia ser contratada pela empresa. Ela também manteve um relacionamento amoroso com o marido de uma das vítimas, gerente da empresa. Os jurados consideraram que os crimes foram cometidos por motivo torpe e isso agravou as penas.

A maior pena foi de 16 anos e quatro meses, pelo assassinato de Mônica. A vítima foi executada a tiros em um ponto de ônibus em Santos, em dezembro de 2005. Já pela tentativa de homicídio da também funcionária da Petrocoque, Renata Borelli, de 25 anos, ocorrida na rodovia dos Imigrantes em novembro do mesmo ano, Carolina pegou nove anos e quatro meses de prisão. A pena mais branda foi dada pelo primeiro dos crimes, ocorrido em setembro de 2005, quando a ex-estagiária tentou matar Maria Aparecida de Campos, a mulher do seu ex-amante. Oswaldo de Almeida, marido de Mônica, declarou que a "angústia se foi", minutos depois que a sentença foi dita, chorando.

Durante as mais de 16 horas de julgamento, amigos de Mônica usavam camisetas brancas com uma foto da vítima com a filha no colo. Já os amigos de Carolina, estampavam a foto dela em uma camiseta com a mensagem "a verdade surgirá", pois a acusada, que era ré confessa, negou ter participado dos crimes na hora do julgamento.

O promotor de Justiça Octávio de Vasconcelos disse que embora Carolina tenha tentado negar a sua participação no crime durante o julgamento, as provas eram bastante coesas. O advogado de Carolina, Alex Ochsindof, no entanto, afirma ter ficado surpreso com o resultado e tentará anular o julgamento. "O promotor não refutou que houve torturas em sede policial (para que Carolina confessasse os crimes)", reclamou.

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