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Ex-secretário de Fazenda de 
Maringá,  Paolicchi havia sido condenado a devolver R$ 500 milhões aos cofres públicos em junho do ano passado | Diario do Norte
Ex-secretário de Fazenda de Maringá, Paolicchi havia sido condenado a devolver R$ 500 milhões aos cofres públicos em junho do ano passado| Foto: Diario do Norte
  • Policiais periciam o local onde Luiz Antônio Paolicchi foi encontrado: carro foi abandonado no distrito de Floriano com o corpo do ex-secretário

O ex-secretário de Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi foi encontrado morto na noite de ontem. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, o corpo estava amarrado dentro do porta-malas de um carro no distrito de Floriano, em Maringá (Noroeste do estado).O veículo foi encontrado em uma propriedade rural. Mora­do­res da região informaram que o carro, um Fiat Idea, estava no local desde as 7 horas. Paolicchi foi morto com vários disparos de arma de fogo. Até o fechamento desta edição, a polícia ainda não tinha suspeitas de quem teria cometido o crime.

Envolvido em diversas ações judiciais, Paolicchi já foi preso por desvio de verba pública, tendo si­­do condenado a devolver R$ 500 milhões à prefeitura de Maringá, juntamente com outros acusados, entre eles o ex-prefeito Jairo Gianoto.

Em junho do ano passado, a Justiça Federal determinou intervenção judicial na administração da Mineradora de Águas Rainha Ltda, empresa pertencente ao ex-secretário. Segundo os cálculos, Paolicchi devia R$ 1,838 milhão à Fazenda Nacional. Com a intervenção, 5% do faturamento da indústria foi penhorado, até que toda a dívida fosse saldada.

A indústria de produção e envase de água mineral, com sede em Iguaraçu (no Noroeste), era o único bem do ex-secretário que ainda não havia sofrido com confiscos judiciais. A ideia de usar a Mineradora Rainha para pagar as contas com a Fazenda Nacional partiu dele mesmo que, em janeiro, buscou a Vara de Execuções Fiscais para sugerir a proposta.

Extravagâncias

Paollichi foi secretário da Fazenda durante a gestão de Jairo Gianoto. Juntos, eles foram responsáveis por um dos maiores desvios de verba pública de que se tem notícia no Paraná. Com o dinheiro desviado, os dois adotaram um estilo de vida luxuoso e de gastos extravagantes.

Gianoto e Paolicchi, por exemplo, compraram aviões, fazendas, colheitadeiras, insumos agrícolas e carros de luxo. A Justiça comprovou que o ex-prefeito depositou dinheiro da prefeitura da conta da esposa e que Paolicchi investiu cerca de R$ 16 milhões em empresas de terceiros. Cerca de R$ 2,8 milhões serviram para pagar parte de um helicóptero.

Depois que as denúncias vieram à tona, Paolicchi teve a prisão decretada e fugiu para a Itália. Permaneceu foragido por 51 dias, mas foi preso ao voltar para o Brasil, em 7 de dezembro de 2000. Gianoto também chegou a ser preso em 2006.

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