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Após a divulgação dos resultados dos laudos do Instituto Médico-Legal, que revelaram não haver resíduos de pólvora nas mãos do agricultor Deiviti Maicon dos Santos, 19 anos, o advogado da família, Rodrigo Damasceno, vai requerer à Justiça de Colombo que os policiais envolvidos na morte do agricultor sejam denunciados por homicídio doloso (com intenção de matar).

A perícia feita pelo Instituto de Criminalística também não apontou resquícios de materiais como areia ou terra no revólver supostamente apreendido com Deiviti, que poderiam indicar que ele teria derrubado a arma no chão após ser baleado. No local onde o corpo caiu havia muita terra e areia. Deiviti foi morto, supostamente em confronto, por três policiais militares da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, no dia 15 de julho. Na mesma ação, o primo da vítima, Tiago Luís Machado, 21 anos, foi ferido.

Segundo Damasceno, os laudos reforçam a tese de que o rapaz foi executado. "A versão dada pelos policiais perdeu totalmente a credibilidade. Não existiu tiro por parte de Deiviti como os PMs afirmam", disse o advogado. "Agora vamos esperar o resultado dos inquéritos militar e civil para tomarmos as providências necessárias", completou.

A reportagem entrou em contato com o escritório do advogado de defesa dos policiais, Osmann Santa Cruz de Oliveira, para comentar o laudo, mas ele não foi encontrado. A assessoria da Polícia Militar informou que o oficial responsável pelo Inquérito Polícial Militar (IPM) já ouviu as testemunhas e os envolvidos, e está esperando a finalização de todos os laudos para concluir o IPM que pode incriminar os soldados Wilson Clemente, 33 anos, e Leonel Lourenço de Faria Junior, 27 anos, e o cabo Marcos Dorse Marinho, 35 anos.

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