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Das 6 mortes, 5 ocorreram na região de Maringá

Das seis mortes por dengue confirmadas no Paraná neste ano, cinco têm origem na região de Maringá. A pecuarista Maria Izabel Gil dos Reis, 58 anos, morreu em Londrina, em março, após pegar a doença em Maringá. O aposentado Elios Fusco, 66 anos, faleceu no mês seguinte, em Maringá, mas residia em Doutor Camargo. A estudante Mirileine Martiminiano da Silva, 15 anos, também morreu em abril, no Hospital Municipal de Maringá. No mesmo mês, o ex-funcionário da empresa de transporte coletivo, Ivo Silveira Camargo, 63 anos, faleceu em Maringá. Victor Tralli Luciano da Silva, 13 anos, morreu em Cianorte no começo deste mês. Apenas a morte de Roseli Giovanelli, 26 anos, não ocorreu nessaa região: ela faleceu em Foz do Iguaçu.

O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, deve receber hoje dados atualizados do mapeamento na cidade. Ele aposta que o fluxo de notificações (casos suspeitos, ainda não confirmados) tenha diminuído devido à queda da temperatura e os mutirões de limpeza feitos nos dois últimos meses.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aguarda o resultado de exames para confirmar se a dona de casa Maria Aparecida dos Santos Pedroso, 50 anos, moradora de São Carlos do Ivaí, Noroeste do estado, morreu de dengue na última terça-feira. Se confirmada a suspeita, será a sétima morte pela doença no Paraná desde o início do ano.

A direção do Hospital Universitário de Maringá (HUM), para onde a dona de casa foi encaminhada, confirma que ela estava com a doença – o quadro era de dores pelo corpo, febre e vômito. Entretanto, não se sabe ainda se foi a dengue que causou o falecimento. O atestado de óbito aponta morte por septicemia – infecção generalizada – com falência múltipla de órgãos.

Maria chegou a Maringá no dia 10 e foi internada no Hospital Municipal (HM). No mesmo dia ela foi transferida para o Hospital Santa Lúcia e, no dia seguinte, foi internada no Hospital Universitário, onde faleceu às 12h45 da última terça-feira. O sepultamento foi anteontem, em São Carlos do Ivaí.

O médico que atendeu Maria ainda em São Carlos do Ivaí solicitou o exame de sorologia para averiguar se ela estava com dengue. Mas os familiares optaram por interná-la em Maringá, a 80 quilômetros de distância, onde passou por três hospitais até morrer.

O coordenador de Ações de Intensificação de Combate à Dengue da Sesa, Glauco Oliveira, afirma que a secretaria já solicitou o histórico do caso para se saber se o caso era de dengue clássica ou hemorrágica. "Não podemos ainda nem afirmar se o caso era autóctone (contraído no próprio local onde a pessoa vive)", aponta Oliveira.

A médica epidemiologista Jussara Cavalcanti de Souza Titato, da Secretaria de Saúde de Maringá, afirma que a Vigilância Sanitária de São Carlos do Ivaí já foi contatada. A equipe técnica de Maringá ainda vai respeitar alguns dias de luto para entrar em contato com a família e verificar o histórico de possíveis outras doenças de Maria.

Redução

Segundo o balanço apresentado ontem pela Sesa, houve redução de 83,63% dos casos de dengue nos últimos dois meses. Do dia 25 de março a 21 de abril foram 5.004 casos confirmados, enquanto que de 22 de abril a 19 de maio foram 819. Desde o começo do ano, foram 13.640 casos confirmados – 20% a mais do que todo o ano de 2006.

Oliveira acredita que nos próximos dias a incidência da doença possa cair mais por conta da queda da temperatura – o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, não resiste ao frio. Mesmo assim, o risco continua. "Os mosquitos morrem, mas o ovos precisam ser eliminados. Senão, eclodirão no próximo verão", explica.

Dessa forma, ressalta o capitão Maurício Genero, chefe da Divisão de Defesa Civil da Casa Militar, a população precisa continuar colaborando. "É fundamental que a população siga eliminando focos de procriação do mosquito. A prevenção deve ser permanente", salienta.

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