• Carregando...

Deflagrada na manhã desta quarta-feira (22) nos estados do Paraná e Mato Grosso, a Operação Jauru III, integrando Exército, Marinha e Força Aérea, coloca cerca de dois mil militares fiscalizando estradas do Oeste do Paraná, próximas à região da fronteira, a partir das 9h desta quinta-feira (23).

Junto com policiais militares, civis e federais, e funcionários da Receita Federal e Ibama, os militares estarão combatendo os chamados crimes transfronteiriços – como contrabando, tráfico de drogas, armas e animais silvestres, crimes ambientais e outros – durante a operação.

No total, incluindo a área do Mato Grosso do Sul que também entra na operação coordenada pelo Ministério da Defesa, 3.500 pessoas estão participando da varredura, de acordo com o major Raul Roberto dos Santos, do Comando Militar do Oeste. São 1.300 quilômetros de fronteira, entre Medianeira (PR) e Corumbá (MS), cobertos pela operação.Em ação

No Paraná, quem trafegar pelas estradas desde Medianeira até a divisa com o Mato Grosso do Sul, em uma faixa de até 150 quilômetros para dentro do estado, verá os militares em ação a partir das 9h desta quinta (23).

De acordo com o major Cláudio Boaventura Martins, oficial responsável pela comunicação social da 15ª Brigada de Cascavel, estão sendo organziados e montados, nesta quarta (22), quinze postos de controle nas rodovias e estradas paranaenses, desta faixa da fronteira oeste.

O militar, que participou da Operação Jauru em 2005, diz que a população costuma ser bastante receptiva à presença dos militares na região.

"A população se sente mais segura", diz o major Cláudio. Segundo o militar, todos os ilícitos detectados pela operação são encaminhados aos órgãos competentes – polícias civil, militar ou federal, Receita, Ibama ou outro órgão de segurança e proteção. "Trabalhamos em conjunto com eles", acrescenta.

Treinamento prático

Esta é a terceira vez que a Operação Jauru é realizada. O major Santos explica que, além de aumentar a segurança, a operação serve para treinar, em situações reais e práticas, o efetivo das Forças Armadas, que a cada ano recebe novos integrantes.

"Nosso foco não é determinar a quantidade de drogas ou ilícitos apreendidos, nem o número de detenções. É realizar o adestramento da tropa em uma operação grande, em conjunto com outros órgãos", explica.

De acordo com ele, não há data definida para a operação acabar. "Vamos determinar de acordo com o andamento dos trabalhos", diz. Até o momento, ainda não há balanço de apreensões nem de prisões.

Participam também da Operação Jauru III o Esquadrão Flecha, da Força Aérea Brasileira, que faz transporte da tropa e patrulhamento aéreo; e pela Marinha, os efetivos do 6º Distrito Naval de Corumbá e do 5º Distrito Naval de Guaíra, patrulhando o rio Paraná.

Disque-denúncia

O major lembra que as Forças Armadas contam também com o apoio da população. Para isso, a Operação Jauru III conta com um disque-denúncia gratuito. Qualquer pessoa pode telefonar e passar denúncias ou informações, mantendo anonimato. O telefone é o 0800-647-4177.

A operação tem também um site na internet onde são divulgadas informações e esclarecimentos.

O site esclarece, por exemplo, a origem do nome que batiza a operação. Trata-se de uma homenagem à peça arquitetônica "Marco do Jauru", esculpida em 1883 em Portugal, que está colocada na Praça do Rio Branco, em frente à Catedral de São Luiz, em Cáceres (MT).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]