Uma rocha que tem o tamanho suficiente para encher 86 caminhões de três eixos será explodida por 250 quilos de dinamite nesta segunda-feira, às 10 horas. A tarefa cabe ao exército e acontecerá na Estrada do Cerne, continuação da Avenida Manoel Ribas, na região de Curitiba.

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A pavimentação da Estrada do Cerne vem sendo executada desde fevereiro desse ano pelo Exército Brasileiro, através do 10º Batalhão de Engenharia de Construção. Pelo convênio assinado, o Governo do Paraná está aplicando R$ 8,7 milhões para o asfaltamento dos primeiros 16 quilômetros do total de 123 quilômetros da rodovia que ainda não possuem asfalto.

O termo também garante a execução, por parte do Exército, do projeto final de engenharia para a pavimentação de mais 20 quilômetros da estrada.

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Histórico

A Estrada do Cerne foi a principal obra da década de 1930. Na época, considerada como "a maior rodovia que se construiu no Paraná em todos os tempos". Faz a ligação entre o Sul e o Norte do Estado, passando por diversos municípios, entre eles Curitiba, Campo Magro, Piraí do Sul, Ventania, São Jerônimo da Serra, Jataizinho, Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul, já na divisa com São Paulo.

Durante 20 anos, a Estrada do Cerne se tornou uma das principais vias de escoamento da produção agrícola, notadamente o café, que antes era em grande parte exportado pelo Porto de Santos, através da Estrada de Ferro Sorocaba, e passaria, desde a década dos anos 40, a movimentar o Porto de Paranaguá.

No início dos anos 60, com a abertura da Rodovia do Café, inteiramente asfaltada entre Ponta Grossa e Apucarana, o tráfego mais intenso deixou de lado a Estrada do Cerne, que começou a perder a importância, juntamente com quase toda a região por ela servida.

Além disso, o deslocamento da fronteira agrícola após saltar o rio Tibagi e de expandir para o Nordeste e o extremo Oeste provocou e esvaziamento econômico e demográfico da área.

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