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Foz do Iguaçu – Uma mostra organizada pela repórter fotográfica Áurea Cunha, que atua pela Gazeta do Povo em Foz do Iguaçu, aponta uma forma diferente de se fazer a inclusão social de deficientes visuais. Intitulada "Outros Olhares", a mostra, que fica aberta até quinta-feira, na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, traz registros fotográficos de oito pessoas com diferentes graus de deficiência visual.

A idéia surgiu do conceito de se exteriorizar imagens interiores proposta pelo fotógrafo esloveno Evgen Bavcar. Cego desde os 12 anos, Bavcar tem o trabalho reconhecido mundialmente. A intenção, segundo Áurea, é criar um olhar diversificado, desafiando a supremacia da visão. "Limites, todos nós temos. Além de que a imagem não precisa ser explicitamente visual", considera a fotojornalista.

O desafio motivou Elizabete Barreto, Guilherme da Silva, Ivonete Farias, Joaquim Cordeiro, Patrícia Céspedes, Roseli Evangelista, Salete Tomaz e Márcio Cichorski a superar a falta de visão, bem como o preconceito.

No curso, os alunos receberam noções de arte, fotografia, comunicação, mídia, cidadania e auto-expressão. Nos exercícios, cada um retratou o seu dia-a-dia e das pessoas que os cercam.

"Aprendi a perceber mais os detalhes", afirma Roseli Evangelista. Elizabete Barreto lembra que já havia tentado tirar fotografias antes. Mas agora o resultado está melhor. "Antes eu cortava a cabeça das pessoas. Agora não. Estou dominando a câmera."

Além da técnica, a superação também marca a experiência do grupo. "Quando eu pego a câmera, me emociono, me sinto fazendo algo que achava impossível", comenta Guilherme da Silva.

Serviço: A mostra "Outros Olhares" fica aberta até amanhã na Sala Antônio Cabral de Mendonça da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, na Rua Benjamin Constant, 62, Centro. A entrada é gratuita e o horário de visitação é das 9 às 18 horas.

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