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A ligação entre Curitiba e Fazenda Rio Grande pode se tornar um novo eixo de transporte do sistema expresso. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e a concessionária OHL, administradora do trecho, estão em fase de negociações para construir um corredor exclusivo para ônibus, aproveitando as obras de duplicação da pista. O encaminhamento da obra, contudo, não é tão simples. O eixo exclusivo não está previsto no contrato assinado pela OHL e, mesmo que concessionária e prefeitura entrem em acordo, há necessidade de aval da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

Atualmente, o trânsito de Cu­­ritiba sofre as consequências da falta de integração do transporte coletivo com a região metropolitana (RMC). Alguns dos municípios, caso de Fazenda Rio Grande e Colombo, são, na realidade, verdadeiras cidades-dormitórios. Como o sistema público não oferece qualidade, quem tem condições opta pelo carro, ampliando o número de veículos em circulação nas ruas da capital.

Diretor do curso de Arqui­tetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Hardt considera a obra positiva para a integração entre as cidades. "Fazenda teve alto crescimento demográfico nas últimas duas ou três décadas. Em função do movimento, registra-se o pior trecho de estrangulamento na ligação entre Curitiba e a RMC", explica. "Vejo com mui­­to bons olhos a possibilidade da integração, porque esse local apresenta sinais de colapso em determinados horários", diz.

De acordo com Hardt, a me­­lhora no transporte coletivo pode, inclusive, trazer incrementos à condição de vida dos fazendenses. "Além de facilitar o deslocamento, pode agregar renda aos moradores em um curto prazo", avalia. Existe também a possibilidade de o sistema ser indutor para o crescimento do município, pois a passagem de mais pessoas facilita a implementação de determinadas atividades, como o comércio. Em Curitiba, houve processo semelhante nas regiões próximas ao corredor exclusivo de ônibus. "Em médio prazo, uma obra como essa acaba gerando empregos no próprio município", esclarece o professor. (VB)

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