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A Secretaria de Estado da Educação (Seed) estuda para 2015 encerrar turnos do ensino regular ou voltados a jovens e adultos que atendam menos de 25 alunos. Além disso, turmas que funcionam em imóveis alugados devem ser transferidas para prédios públicos. A medida está sendo vista com desconfiança pelo Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), que teme fechamento de instituições de ensino.

A Seed confirmou à Gazeta do Povo o encerramento do período noturno no colégio Eucaliptus, em Londrina, nos colégios São José e São João de Santa, em Cambé, e em uma escola em Alvorada do Sul. Todos funcionam com menos de 25 alunos, que seriam transferidos para escolas próximas.

Segundo a APP, no entanto, há outros relatos de fim do ensino à noite, inclusive em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Outra preocupação do sindicato é um possível encerramento dos Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebjas).

Representante da APP no Fórum de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Edmilson Leite acredita que transferir esses alunos para o ensino regular pode trazer perdas pedagógicas. "São pessoas que já tiveram dificuldade de acessar a escola, e no Cebja ela encontra seus pares, o constrangimento é menor e ajuda a vencer a dificuldade de estudar".

A Seed não fala especificamente em fechar Cebjas, mas reconhece que turmas que funcionam em prédios privados (com aluguel custeado pelo estado) serão transferidas para prédios públicos. Um exemplo é o Ceebja de Palotina, no Oeste do estado, cujos alunos seriam remanejados para o Colégio Estadual Barão do Rio Branco. Porém, a secretaria declarou em nota que desistiu da ação ao constatar que a transferência inviabilizaria o EJA no turno diurno.

Também estariam ameaçados com a mudança os Cebjas de Jacarezinho e Irati, segundo a APP. Neste último, o Núcleo Regional de Educação teria orientado os professores a buscarem aulas em outros locais, conforme relatos dados ao sindicato. As duas instituições não estão na lista de fechamento de turno repassado pela Seed. A secretaria não informou quais instituições podem ser atingidas por funcionar em imóveis alugados.

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