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Justiça negou mesmo pedido a advogado da família

A exumação de Tayná foi autorizada pela 1ª Vara Criminal de Colombo já na última segunda-feira (26), após pedido feito pelo Ministério Público (MP-PR) na última sexta (23). Mais de duas semanas antes, no dia 7 de agosto, o advogado da família, Luiz Janiszewski, havia protocolado a mesma requisição, que foi negada pela Justiça.

O indeferimento do pedido do advogado, anunciado na última terça (27), deu a entender que a nova necropsia no corpo da garota não seria feita, já que o MP ainda não confirmava oficialmente o aval para a exumação.

Janiszewski, no entanto, minimizou o fato de o pedido da família ter sido negado. "Não interessa se a requisição aceita foi a da família ou a do MP, pois ambas pediam a mesma coisa. O que interessa é alcançarmos a verdade", disse.

O rumo das investigações sobre o assassinato de Tayná da Silva, morta no final de junho em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, pode mudar com a descoberta de indícios colhidos na tarde desta quarta-feira (28) com a exumação do corpo da jovem. A nova necropsia, requisitada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na última sexta-feira, foi feita por dois peritos do Instituto Médico Legal. Após o exame, que durou pouco mais de duas horas e meia, o corpo foi novamente enterrado.

A diligência foi realizada no Cemitério Ecológico Jardim da Colina, em Colombo, onde Tayná foi sepultada no dia 29 de junho. De acordo com o promotor Paulo Sérgio Markowicz de Lima, que atua no caso, a exumação permitiu o levantamento de informações importantes para elucidar o crime.

"Não podemos dar detalhes do que foi obtido no laudo, mas o procedimento foi feito para examinar a existência de determinadas lesões, além de investigar a dúvida de se teria havido ou não, afinal, violência sexual contra a garota", declarou o promotor.

De acordo com Lima, o corpo da jovem seria exumado ainda na terça-feira, mas as condições meteorológicas não ajudaram. Além de aspectos técnicos, segundo ele, também foram levados em conta os pedidos da família de Tayná. A 1ª Vara Criminal de Colombo, que autorizou a exumação, havia negado o mesmo pedido ao advogado Luiz Janiszewski, que representa os familiares.

Lima destacou, de qualquer forma, que a nova perícia não invalida nem desabona os exames feitos anteriormente. "O Ministério Público não está colocando em dúvida o trabalho feito pela Criminalística da primeira vez. O que buscamos foram apenas informações complementares", assegurou. Segundo ele, o Ministério Público ainda não acompanhava o caso à época da primeira necropsia, e a exumação serviu também para reforçar convicções por parte dos promotores.

Novo prazo

De acordo com o promotor, o MP deve conceder um novo prazo de 30 dias para que a Polícia Civil conclua as investigações do caso. O inquérito sobre a morte da jovem, que atualmente está nas mãos do Ministério Público, deve voltar para a polícia na próxima sexta-feira (30), quando então passaria a valer o novo prazo.

Como o processo sobre o caso Tayná corre em segredo de justiça, Lima não quis dar mais detalhes sobre as investigações.

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