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"Ela corria 50 metros, parava, voltava e corria de novo em zigue-zague pela calçada", conta Paulo Cotienschi.

O empresário de Novo Hamburgo (a 42 km de Porto Alegre) testemunhou, no domingo (16), o quarto caso em menos de um mês em que uma mulher nua é vista correndo pelas ruas do Rio Grande do Sul.

A cena aconteceu desta vez na rua Araribóia, no bairro Rio Branco, em Novo Hamburgo –os outros três episódios foram em Porto Alegre.Por volta das 11h do domingo, o empresário topou com a mulher sem roupa quando buscava a sobrinha para o almoço. Ele filmou a corrida da nudista com a câmera do celular. "Ela estava correndo praticamente em frente a uma rádio. Pode ser que estivesse tentando chamar a atenção do pessoal de lá", afirma.

O empresário deve estar certo. Na Rádio Alegria, que funciona naquela rua, ela já é conhecida por ser "fanática por um locutor" da casa. Nesta segunda (17) mesmo, esteve (vestida) no local, mas foi barrada na portaria.

O locutor em questão é Marcello Garccia, 43, dono do vozeirão que apresenta o "Bom Dia, Alegria", das 9h às 12h, e o "Correio do Coração", de mensagens motivacionais, das 22h à 1h. "O segundo programa é uma ouvidoria sentimental", explica Marcello, que é casado e tem filhos. "Eu não a vi pelada no domingo. Vi os guris mostrando as fotos depois aqui. O pessoal diz que ela é mais minha fã, mas ela tirou a roupa no horário de outros locutores. Eu disse para eles: acho que vocês andaram conquistando a minha ouvinte", brinca.

O locutor já encontrou a mulher pessoalmente. "O nome dela eu não me recordo, até porque ela vinha e nem falava muita coisa. Só queria falar que gostava da rádio."

Marcello diz que o assédio de ouvintes é comum, principalmente porque a rádio em que trabalha busca "mexer com a emoção das pessoas".

Ele não usa mais celular porque descobriam seu número o tempo todo e ligavam "até de madrugada". "Aí o casamento não dura, né?", diz.

Para ele, as pessoas estão muito carentes hoje. "Quando tu dá atenção, tu muda isso, cria um vínculo. Alguns confundem com alguma coisa a mais, mas outros levam realmente para aquele lado de serem bem recebidos."

Pelada, a fã, de cerca de 40 anos, não foi tão bem recebida assim no domingo. Quando a polícia chegou à rua Araribóia, acionada por moradores da região, a mulher já tinha se vestido. Por isso, foi imediatamente liberada, sem nenhum registro de ocorrência. A polícia não soube informar seu nome.

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