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O clima está tenso dentro do Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Ontem houve uma tentativa de homicídio no pátio de sol da Penitenciária Central do Estado (PCE), quatro dias após dois detentos serem assassinados durante uma partida de futebol na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Este foi o terceiro ato contra a vida registrado no complexo em menos de uma semana.

Os dois homicídios aconteceram no dia 6 – véspera do feriado de Sete de Setembro. Tudo indica que as facções Primeiro Comando da Capital (PCC), com origens nos presídios de São Paulo, e Primeiro Comando do Paraná (PCP) estão em pé de guerra. O complexo existente no município agrega a PCE, a PEP, o Centro de Detenção e Ressocialização, o Centro de Triagem II , a Penitenciária Feminina do Paraná e a Colônia Penal Agrícola.

No caso de ontem, um preso de uma facção tentou matar na PCE um detento da outra organização, segundo fonte ouvida pela reportagem da Gazeta do Povo. Outra fonte disse que a vítima foi espancada por detentos que estavam desarmados (sem estoques – faca feita por presos nas celas – ou outros objetos).

"O objetivo era matar o preso. A sorte é que a Polícia Militar foi rápida e conseguiu resolver a situação", afirmou a fonte.

O fato causou apreensão. Foi solicitado reforço do policiamento na PCE, onde a segurança interna e externa é feita pela Polícia Militar.

Já na semana passada, as câmeras do circuito interno da PEP registraram detalhes da morte dos detentos Gilberto Rodrigo Rosa, 36 anos, e Lindomar Tibes, 26 anos. Eles foram assassinados por quatro colegas a golpes de estoques no solário. As imagens mostram que a confusão começou durante uma partida de futebol.

A Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania foi procurada pela reportagem, mas não comentou o assunto. Já o setor responsável pela segurança da PCE informou que tudo não passou de uma discussão, que não teve feridos, sem divulgar mais detalhes.

PCC

Além dos crimes nos presídios, há outros indícios de ações do PCC na região metropolitana de Curitiba. Dois corpos de homens foram encontrados sexta-feira, um com as mãos e os pés cortados e o outro decapitado – a cabeça estava a cerca de 50 metros do corpo. Eles foram encontrados na Estrada Ecológica, no Jardim Triângulo, em Pinhais. Ambos teriam sido mortos a tiros.

As mortes são investigadas pela delegacia de Pinhais, que ainda não admite a ação do PCC. Mas tanto a decapitação quanto o ato de decepar membros são marcas conhecidas de ações de integrantes da facção criminosa paulista.

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