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Maringá – Os alunos da Faculdade Alvorada Uniandrade, em Maringá (Noroeste do estado), que chegaram para estudar na noite de segunda-feira e na manhã de ontem, foram surpreendidos ao encontrar as portas fechadas no câmpus da Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto. A instituição havia sido despejada por falta de pagamento do aluguel, mas na tarde de ontem conseguiu reocupar o imóvel graças a uma decisão da Justiça.

Ainda de manhã, um cartaz na entrada anunciava que a faculdade estava em recesso e retomaria as atividades no dia 16. Mas logo a notícia do despejo se espalhou. "Achamos que haveria mais tempo até o fim do ano para resolver os problemas", disse a acadêmica do 3.° ano de Publicidade, Leiliane Domingues, 20 anos. Alguns estudantes foram reclamar no Procon com medo de que a faculdade não reabrisse mais.

Com a autorização da Justiça, funcionários da Uniandrade conseguiram entrar e começaram a organizar o local, que ficou bastante bagunçado durante o cumprimento da ordem de despejo. Dezenas de cadeiras, quadros-negros e pias de laboratórios foram deixados empilhados no pátio. Algumas salas de aula estavam trancadas. Os funcionários tiveram de abrir um buraco na parede de uma delas para entrar e começar a limpeza e a organização das instalações. Os prejuízos ainda não foram calculados. A previsão é de que as aulas voltem ao normal amanhã para os 800 alunos do câmpus.

A direção da faculdade justifica que o pagamento do aluguel foi suspenso por causa da não liberação de um terreno para o estacionamento e que a empresa dona do terreno não quis renegociar a dívida, que ultrapassaria hoje R$ 400 mil.

O advogado do grupo proprietário da área, César Eduardo Misael, informou que o aluguel não é pago desde 2006, sendo que na época o valor era de R$ 26,7 mil mensal. O contrato de locação existe desde 2004. "Desconhecemos a vinculação do pagamento do aluguel com problemas de estacionamento", afirmou. Ele ainda disse que se a faculdade quisesse pagar alguma diferença contratual poderia ter feito isso em juízo, o que não ocorreu. O decreto de despejo foi emitido pela 1.ª Vara Cível de Maringá, com sentença de 31 de janeiro deste ano e publicado no mês seguinte.

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