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Maringá – Um grupo de aproximadamente 50 pessoas, entre diretores, professores, técnicos e alunos da Faculdade Alvorada Uniandrade, passou o dia de ontem, feriado em Maringá (Noroeste do estado), trabalhando para arrumar as instalações e reiniciar as aulas hoje no câmpus da Avenida Bento Munhoz da Rocha, no centro da cidade.

O caso vai continuar na Justiça mesmo com a volta às aulas. A instituição foi despejada por falta de pagamento do aluguel na manhã da última segunda-feira e conseguiu na terça-feira uma liminar de reintegração de posse. A estimativa do diretor Cláudio Britta é de que aproximadamente 35% dos equipamentos estejam danificados. Ele aguarda a chegada de técnicos de Curitiba para avaliar o prejuízo. "Vamos entrar com uma ação de perdas e danos", adianta. Durante o cumprimento do despejo, vários móveis e equipamentos foram retirados das salas de aula e de laboratórios e empilhados em um pátio nos fundos do terreno. O diretor classificou o despejo como uma ação arbitrária. Ele citou a Lei do Inquilinato (8.245, de 1991), onde o parágrafo segundo do artigo 63 diz: "Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo poder público, respeitado o prazo mínimo de seis meses e o máximo de um ano, o juiz disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares". A faculdade tem 1.150 alunos.

Porém, o advogado da empresa proprietária do terreno, César Eduardo Misael, diz que a faculdade teve tempo suficiente para desocupar as dependências, pois o decreto de despejo tem sentença com data de 31 de janeiro de 2007, da 1.ª Vara Cível de Maringá, e a publicação foi logo em seguida. Segundo Misael, já foram tomadas novas providências para que a faculdade desocupe definitivamente o local. A faculdade estaria desde o ano passado sem pagar o aluguel mensal de R$ 26,7 mil, somando mais de R$ 400 mil em débitos. Britta alega que suspendeu o pagamento porque não recebeu o terreno prometido para o estacionamento.

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