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De acordo com a Aeronáutica, problema no Aeroporto Afonso Pena aconteceu durante um teste de segurança do sistema elétrico | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
De acordo com a Aeronáutica, problema no Aeroporto Afonso Pena aconteceu durante um teste de segurança do sistema elétrico| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Curitiba e Maringá - Uma falha no sistema elétrico do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo de Curitiba (Cindacta 2), ontem pela manhã, deixou os controladores de voo do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, sem contato visual com os aviões durante 16 minutos. À tarde, o terminal chegou a registrar atrasos superiores a 30 minutos em 30% dos pousos e decolagens.

De acordo com o boletim divulgado às 17 horas pela Em­­presa Brasileira de Infra-Estru­­tura Aeroportuária (Infraero), dos 76 voos programados para o terminal, 20 sofreram atrasos e quatro foram cancelados. Como o Cindacta 2 é responsável pelo tráfego aéreo da região Sul do país, houve um efeito cascata que atingiu outros aeroportos. O terminal Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), sofreu com atrasos em 13 dos 62 voos.

O problema aconteceu durante um teste de segurança do sistema elétrico, informou o tenente-coronel Henry Munhoz, do centro de Comunicação Social da Aeronáutica. Todos os dias o sistema de emergência é testado. Para isso, desliga-se a energia para que o sistema reserva, chamado de UPS (espécie de nobreak gigante), entre automaticamente em funcionamento. "Hoje, às 9 horas, quando foi realizado o teste, excepcionalmente, houve uma demora de 10 segundos para a entrada do sistema", afirmou Munhoz.

Com isso, os monitores usados pelos controladores demoraram 16 minutos para voltarem a operar. O tenente-coronel garantiu que a comunicação entre os operadores e as aeronaves não foi interrompido e que não houve risco. "A comunicação foi mantida por rádio, só não foi possível a visualização nos consoles de visualização. O que não gerou risco", afirmou.

Mesmo assim, foi adotada medida preventiva de aumentar o espaçamento entre as aeronaves em voo. A medida seguinte foi interromper as decolagens no Aeroporto Afonso Pena e depois aumentar o tempo entre as chegadas e as partidas.

Maringá

A partir da próxima segunda-feira, a Gol Linhas Aéreas deixará de operar dois voos no Aeroporto Silvio Name Júnior, em Maringá, no Noroeste do estado. As linhas ligando a Maringá a São Paulo (pelo aeroporto de Congonhas) são temporárias e deveriam operar até 19 de junho. Mas a interrupção foi antecipada, já que o aeroporto não atende a todas as exigências de segurança da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para combate a incêndio.

Segundo o superintendente do aeroporto, Marcos Valêncio, o município não poderá receber novos voos enquanto o local não contar com dois caminhões de bombeiros, modelo AP2, exclusivamente preparados para combater incêndios em aeroportos.

Atualmente o aeroporto de Maringá é atendido por um veículo desse modelo, que conta com gerador de espuma, pó químico e capacidade para 5,6 mil litros de água. "Também temos um caminhão urbano adaptado que serve de apoio, com capacidade para mais de 7 mil litros de água. A Anac está questionando o formato do veículo", disse Valêncio. Segundo ele, o aeroporto já está trabalhando para adquirir o caminhão exigido. "Esse veículo custa cerca de R$ 1,5 milhão, é importado e não tem pronta entrega. Então a princípio estamos tentando emprestar de algum outro aeroporto". A assessoria da Gol informou que a retirada dos voos ocorreu por motivos estratégicos da companhia, que continuará operando em Maringá.

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