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O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, confirmou ontem que a causa do apagão que atingiu sete estados da região Nordeste do país na última sexta-feira foi uma falha no cartão de proteção da subestação Luiz Gonzaga, em Pernam­buco. Trata-se de um cartão eletrônico que compõe o sistema de segurança da estação. Zimmermann ressaltou, porém, que o problema não foi causado por falta de manutenção do equipamento."Efetivamente, houve um defeito na proteção, mas a manutenção deste cartão estava rigorosamente em dia; temos documentos da empresa (Chesf) que comprovam isso", afirma. Segundo o secretário, a última manutenção do cartão de proteção foi feita em outubro de 2010, sendo que nesse tipo de equipamento a manutenção preventiva é feita a cada quatro anos, em média. "Quando ocorre algo quando você está com a manutenção em dia, tem que fazer uma investigação para saber o porquê da falha", acrescentou.

Ainda de acordo Zimmer­mann, na última sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, determinou que técnicos do ministério fossem para a região da subestação para investigar as causas do problema e, paralelo a isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está elaborando um relatório de análise de perturbação. "Vamos analisar a sequência do desligamento e o prazo de restabelecimento [do sistema, na região afetada]."

Questionado se o fato de a manutenção do cartão estar em dia abonaria a aplicação de multa para a Chesf, Zimmer­mann explicou que isso cabe à fiscalização por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Camaçari

A produção em metade das 90 empresas do Pólo Industrial de Camaçari, o maior do hemisfério sul e responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, ainda não foi completamente restabelecida depois do apagão da madrugada de sexta-feira.

Segundo comunicado do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), entidade que congrega as empresas da região, o fornecimento das chamadas utilidades – gases, vapor, água, energia – às unidades produtivas está normalizado, mas a expectativa de é que as indústrias da área, em especial as da área petroquímica, só voltem a produzir plenamente na semana que vem.

Segundo o superintendente de Comunicação do Cofic, Érico Oliveira, ainda não é possível calcular os prejuízos causados pelo apagão. Os levantamentos sobre o impacto do problema na produção estão sendo feitos.

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