• Carregando...

A chuva que matou cinco pessoas e deixou quase mil desalojados em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, colocou em teste o sistema de sirenes montado desde a tragédia do ano passado – e expôs suas falhas. Das 20 sirenes espalhadas nas 12 comunidades em áreas de risco, seis não precisaram ser acionadas, mas quatro falharam: mesmo depois de ligadas não tocaram, o que dificultou a retirada de moradores de áreas de risco. O prefeito de Teresópolis, Arlei Rosa, reconheceu que houve dificuldade no acionamento de parte do sistema sonoro instalado no município.

"O coronel Roberto Silva [secretário de Defesa Civil e Meio Ambiente da cidade] está preparando um relatório para me passar, e a minha cobrança com ele é essa, o porquê que elas não foram acionadas", disse Rosa.

Silva atribuiu o problema a uma falha de conexão do sistema 3G, o que impossibilitou o monitoramento remoto do índice pluviométrico nas regiões afetadas da cidade, na região serrana fluminense e o consequente acionamento dos alarmes. "Qualquer equipamento eletrônico pode falhar", justificou. Silva informou ainda que o sistema será substituído por fibra ótica.

A força da chuva também impediu que o acionamento manual dos alarmes fosse realizado por moradores das próprias áreas afetadas, que são voluntários dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudocs) com capacitação para atuar em situações de emergência. Em outras regiões, mesmo todo o esforço dos moradores não foi suficiente para ativar o sistema. "Meu filho conseguir abrir a caixa e soar o alarme, mas a chave que a Guarda Civil tinha dado pra ele não funcionou", disse a funcionária pública Mônica Rocha, moradora do bairro Quinta Lebrão.

Protesto

Das 20 sirenes instaladas em 12 comunidades, a Defesa Civil do município confirmou que não funcionaram aquelas localizadas nos bairros de Pimentel, Perpétuo e Fonte Santa. Essa comunidade foi cenário de um protesto feito por moradores na tarde de domingo. Revoltados com o não acionamento dos alarmes, eles chegaram a fechar a Rio-Bahia por alguns minutos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]