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Peritos do Instituto de Criminalística e professores que integram a comissão de sindicância da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estiveram ontem no local em que a marquise do anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) caiu, no último domingo. O acidente matou o estudante mineiro João César Eugênio de Boscoli Rios, 21 anos, e feriu outras 21 pessoas que participavam do processo de inscrição para o 26.º Congresso Brasileiro de Zoologia.

De acordo com o chefe da Criminalística de Londrina, perito Daniel Felipeto, deve ser feita a reconstituição digital do desabamento. "Baseado na estrutura da marquise e em hipóteses, vamos estudar as possibilidades de como a construção veio abaixo", disse. Segundo Felipeto, há quatro fatores para uma queda como essa e dois foram descartados – atentado e fenômeno da natureza. Resta apenas erro de cálculo ou de execução do projeto. A empresa que executou a obra do anfiteatro foi a Construtora Mercosul de Projetos e Obras Ltda, com sede em Toledo. A reportagem não conseguiu contato com a construtora.

Feridos

Mais um dos estudantes feridos na queda da marquise do anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) da UEL teve alta ontem. Alberto Henrique de Carvalho, estudante da Universidade Federal do Paraná (UFPR), estava internado na Santa Casa, em observação, e foi liberado ontem. Permanece internada na Santa Casa a estudante da Univerdidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto Carla Poleselli Bruniera, que teve fratura na bacia. Claire Clara Borges Jézéquel, também estudante da USP de Ribeirão Preto, que amputou parte da perna direita, deixou ontem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas continua internada.

A pedido da família, a estudante Carolina Rettondini Laurini, que estava internada no Hospital Universitário (HU), foi transferida na tarde de ontem para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde ela estuda. A estudante da USP teve fratura exposta no pé direito e foi transferida numa ambulância do HU, acompanhada de um auxiliar de enfermagem. Continuam internadas no HU cinco acidentados na queda da marquise, entre os quais dois estudantes que estão na UTI: Nicole Veiga Sidney, da UFPR, teve fratura na bacia e traumatismo em várias partes do corpo; e Amanda Lucas Gileno, da USP de Ribeirão Preto, está internada com traumatismo craniano grave.

Um dos participantes do congresso tem acompanhado atentamente o trabalho das equipes que tentam descobrir a causa da queda da marquise do Cesa. Jasminur Alves Neto, de 21 anos, é aluno do último período de Ciências Biológicas da UniAraxá e conhecia João César Eugênio de Boscoli Rios. Ontem ele passou pelo local do acidente. Não eram íntimos mas, segundo Alves, João César era uma boa companhia para trocar informações profissionais.

Além de Alves, outros dois estudantes de Araxá participam do congresso. Segundo ele, as famílias estão aflitas com o acidente ocorrido. "As reportagens da televisão não mostraram o resto da faculdade, as famílias ficam preocupadas, querem saber como é que a coisa está sendo feita (investigação)", afirmou Alves.

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