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Falsos técnicos da empresa de telefonia Brasil Telecom (BrT) praticaram mais dois assaltos a famílias de classe média-alta de Curitiba. Na segunda-feira (31), situações semelhantes aconteceram em dois edifícios dos bairros Bacacheri e Bigorrilho. No total, são seis casos desse tipo registrados na capital desde fevereiro.

Dois homens trajados com o uniforme da empresa e com crachás nos pescoços surpreenderam as vítimas ao sacarem armas durante um suposto suporte técnico. "Esse tipo de assalto acontece em horário comercial, quando geralmente há poucas pessoas em casa", explica o delegado Gil Rocha Tessarolli, da Delegacia de Furtos e Roubos.

Segundo o relato de uma das vítimas do assalto no Bigorrilho, um problema na linha telefônica foi constatado e o apoio técnico teria sido solicitado à empresa de telefonia. Por volta das 16h, os dois supostos técnicos chegaram para prestar o "serviço". Os dois subiram pelo elevador e começaram a simular testes nas tomadas do telefone.

Além do motorista da família, que pediu para não ser identificado, mais duas pessoas estavam no apartamento naquele momento – a cozinheira e uma garota de 13 anos. "A casa não tem cofre, mas eles queriam saber onde ele estava e pegaram a menina para fazer isso", relata o motorista. A vítima conta que a dupla revirou toda a casa em busca de jóias, dinheiro e eletroeletrônicos.

O motorista conta ainda que os falsos técnicos pediam a colaboração de todos e, em troca, ninguém acabaria ferido. As vítimas sempre acabam com mãos e pés amarrados e com a boca tapada enquanto a dupla foge. De acordo com o delegado Tessarolli, os assaltantes não costumam ser violentos, mas lembra de um caso em que uma mulher chegou a ser encharcada com álcool.

A polícia acredita que os bandidos já têm um conhecimento prévio para identificar e cortar uma linha telefônica em centrais de telefonia localizadas nas ruas.

Dicas da empresa para evitar o golpe

A BrT alerta que, antes de atender técnicos da empresa, os clientes devem solicitar crachás de identificação, a ordem de serviço e verificar se os funcionários estão em um carro da empresa ou a serviço dela. Além disso, a empresa informa que são poucos os serviços prestados em domicílio – a grande maioria dos casos de defeito em linhas pode ser verificada do lado de fora da residência.

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