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Falsos técnicos, que se passam por funcionários da empresa de telefonia Brasil Telecom, praticaram mais dois assaltos em Curitiba. Na última segunda-feira, situações semelhantes foram registradas em dois edifícios dos bairros Bacacheri e Bigorrilho. Seis casos já foram registrados na capital desde fevereiro deste ano.

Na segunda-feira, dois homens portando crachás e trajados com o uniforme da empresa surpreenderam as vítimas ao sacarem armas durante um suposto suporte técnico. "Esse tipo de assalto acontece em horário comercial, quando geralmente há poucas pessoas em casa", explica o delegado Gil Rocha Tessarolli, da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.

Segundo uma das vítimas do assalto no Bigorrilho, o apoio técnico foi solicitado depois que um problema na linha telefônica foi constatado. Os dois supostos técnicos chegaram por volta das 16 horas. "Meu patrão tinha avisado um porteiro de que estariam aplicando um golpe como esse, mas o recado acabou esquecido", conta o motorista da família, que pediu para não ser identificado. Os dois subiram e começaram a simular testes. "Um deles ficou para trás e quando vi ele já estava armado", lembra.

Além do motorista, mais duas pessoas estavam no apartamento – a cozinheira e uma garota de 13 anos. A dupla revirou a casa em busca de jóias, dinheiro e eletroeletrônicos. O motorista conta que os falsos técnicos pediam a colaboração de todos e diziam que, em troca, ninguém seria ferido.

De acordo com o delegado Tessarolli, os assaltantes não costumam ser violentos, mas houve um caso em que uma mulher chegou a ser encharcada com álcool. As vítimas sempre acabam com mãos e pés amarrados e com a boca tapada. "Pela forma de agir deve ser um único grupo. Eles devem contar com o apoio de mais duas pessoas na rua", afirma o delegado. A polícia acredita que a quadrilha corta as linhas em centrais localizadas nas ruas.

A Brasil Telecom alerta que os clientes devem solicitar crachás de identificação e a ordem de serviço dos técnicos. Devem também verificar se os funcionários estão em um carro da empresa ou a serviço dela. Além disso, a empresa informa que são poucos os serviços prestados em domicílio – na maioria dos casos, as linhas são verificadas do lado de fora da residência.

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