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Blitz em Santa Felicidade: menos da metade usa equipamentos | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Blitz em Santa Felicidade: menos da metade usa equipamentos| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Regra pode valer também para vans

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) anunciou que deve estender a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças de até 7 anos e meio para o transporte escolar, mas ainda não há prazo para a exigência entrar em vigor.

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Procura aumenta em lojas

As lojas infantis já percebem um aumento na procura pelos equipamentos de segurança de veículos para crianças que serão obrigatórios em junho. Em alguns casos, o interesse cresceu até 20%, como conta Newton Vilela Júnior, dono do brechó Treco do Bebê, em Curitiba. De acordo com ele, os pais chegam sempre com muitas dúvidas em relação a qual acessório usar. "Muitas vezes eles não sabem o perigo que representa não usar a cadeirinha", afirma.

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Para alertar os motoristas sobre a volta das multas para quem levar crianças menores de 10 anos no carro sem cadeirinhas, blitze educativas estão sendo realizadas em Curitiba. Até o final deste mês, a Diretran, BPTran e Detran/PR passarão de bairro em bairro mostrando as vantagens da cadeirinha e explicando que a infração será considerada gravíssima a partir de 9 de junho.

O uso do bebê conforto, da ca­­deirinha, dos assentos de elevação e do cinto de segurança para crianças já eram obrigatórios no país. No entanto, em 2008, o Conselho Na­­cional de Trânsito (Contran) decidiu publicar uma nova resolução mudando algumas regras, e deu prazo de dois anos para que as novas punições fossem aplicadas. Por isso, desde 2008 ninguém podia ser multado por transportar crianças de maneira irregular.

A partir de junho, porém, o condutor infrator será multado em R$ 191,54 e o automóvel poderá ser retido. A infração será gravíssima, com a perda de sete pontos na carteira de habilitação.

Irregulares

Se a resolução já estivesse em vigor no período de volta às aulas, pelo menos 10 mil veículos teriam sido multados na capital, de acordo com a coordenadora da Unidade de Educação e Mobilidade da Urbs – Urbanização de Curitiba, Mau­ra Moro. Nos meses de fevereiro e março deste ano, a Diretran realizou blitzes educativas em escolas públicas e privadas que concentravam maior fluxo de veículos e 25.529 automóveis foram abordados. "Infelizmente, o transporte adequado não estava sendo realizado nem pela metade dos condutores", disse. As irregularidades variavam. Em alguns casos, a criança estava sentada na frente; em outros, estava solta no banco de trás, sem cinto de segurança ou ainda utilizava o equipamento de segurança de maneira errada.

Ontem, perto de 500 veículos foram abordados, entre às 14 e 16 horas, na Avenida Manoel Ribas, no bairro Santa Felicidade. Quinze agentes de trânsito orientavam os motoristas. De acordo com o educador de trânsito da Urbs, Eduílio Roberto Sampaio, as principais dúvidas eram em relação ao uso do cinto e à instalação das cadeirinhas. Sem filhos, o professor universitário Clarisvaldo Silva Brito, 35 anos, disse que pretende usar as informações quando for transportar os sobrinhos. "Eu mesmo achava que criança só precisava usar cinto em viagens".

De acordo com a ONG Criança Segura, o cinto de segurança, sozinho, não protege as crianças do trauma de um acidente porque foi projetado para adultos com no mínimo 1m45 de altura e peso mínimo de 36 quilos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a utilização correta da cadeirinha reduz em 70% a possibilidade de morte de um bebê em acidente. A Criança Segura alerta ainda que muitas colisões acontecem perto de casa. A maioria também ocorre em ruas com baixos limites de velocidade, por isso é importante usar a cadeira mesmo em pequenas distâncias.

A coordenadora da Urbs lembra que os acidentes de trânsito são a principal causa externa de morte e hospitalização de crianças. Segundo o Ministério da Saúde, em 2007 os acidentes de trânsito mataram 669 crianças de até 14 anos. "É importante lembrar que sem o acessório de segurança a criança pode ser arremessada contra o painel interno, o banco da frente, contra as portas ou pode até mesmo ser jogada para fora do veículo", diz Maura.

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