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De acordo com a coordenadora de resíduos sólidos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Adriana de Fátima Ferreira, os dois casos mais críticos no estado estão nas cidades de Guarapuava e Paranaguá. Nos municípios de grande porte, a dificuldade é encontrar áreas. Por mais higiênico que seja, ninguém quer ser vizinho de um aterro. Além disso, há fatores técnicos, como tipo de solo, distância do lençol freático e até de aeroportos. Já nas pequenas cidades, o entrave é a falta de capacitação operacional. O desconhecimento sobre as questões técnicas atravanca o desenvolvimento do projeto.

Além disso, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, menos de 50% dos municípios cobram pelo serviço de coleta e disposição do lixo. E os que cobram, em sua maioria, o fazem junto com o boleto do IPTU. Por conseqüência, o dinheiro não é repassado para o setor específico, engrossando assim a conta geral da prefeitura, que muitas vezes encontra outras prioridades para a aplicação de recursos que não o saneamento básico. "Quando o prefeito tem um lixão, ele entende que o custo é zero e não toma atitudes", avalia o engenheiro ambiental Fernando Salino Cortes.

Adriana afirma que os municípios sempre alegam falta de recursos, mas há uma infinidade de linhas de financiamento para esse setor e as fontes de verbas foram informadas aos prefeitos. "Eles não priorizam a questão do lixo. Acreditam que se tirar da frente da casa do cidadão o problema estará resolvido", aponta. A coordenadora lembra que a situação é complexa porque os lixões causam problemas de saúde ambiental: contamina o solo, a água e o ar, além de favorecer a proliferação de vetores de doenças, como moscas e ratos. (KB)

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