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Os créditos à venda nas bancas de Curitiba não duravam nem 2 horas, ontem | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Os créditos à venda nas bancas de Curitiba não duravam nem 2 horas, ontem| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Com o tempo

Segundo a prefeitura de Curitiba, os problemas ocorridos até agora são pontuais e o sistema será melhorado com o tempo.

Alguns passageiros tiveram de voltar a pé para casa ontem, primeiro dia da obrigatoriedade do uso do cartão-transporte nas 66 linhas que usam micro-ônibus em Curitiba. Quem não aguentou a fila de espera para fazer o cartão usuário nos postos da Urbs precisou de sorte para encontrar o dispositivo avulso e o crédito disponível para carregá-lo nas bancas da cidade.

Na Praça Rui Barbosa, assim como ocorreu na quinta-feira, os créditos que chegavam acabavam em menos de um hora. "Como não encontrei em nenhum local, vou ter de ir andando até o Parolin", conta a aposentada Itamara Cordeiro de Freitas, que estava acompanhada do neto, de 11 anos, e da filha de sua vizinha, de 9 anos.

A advogada Ângela Roberto Villatore, que tentou comprar crédito na Banca Bom Jesus, passou pela mesma situação. "Tentei comprar em quatros bancas, mas não encontrei nada. Agora vou ter de ir andando até o Centro Cívico."

Sistema

Para comprar o crédito, os donos das bancas precisam ir à Urbs e fazer o pagamento em dinheiro. Outra opção é realizar um depósito no Banco do Brasil e avisar o órgão, via telefone. "O problema é que ir até a Urbs para fazer a compra atrapalha nosso serviço e ir ao banco não compensa, pois sempre está lotado", reclama Osni José Pavani, proprietário da Revistaria Cultural.

Francisco Sildivan, proprietário da Banca da Catia, também reclama do sistema. "A gente pode comprar o quanto quiser, mas, às vezes, não temos dinheiro. E no banco é impossível de ir por causa da fila. Teria de ter uma linha de crédito", conta Sildivan, que viu as 1.500 passagens compradas de manhã serem vendidas em apenas uma hora e meia. À tarde, ele comprou mais 3.100 passagens. Todas foram vendidas.

Cartão bloqueado

A aposentada Maria Aparecida Gonçalves Alves, que colocou 20 passagens em seu cartão avulso na quinta-feira, teve uma surpresa ao tentar usá-lo. "Apareceu uma mensagem dizendo que o sistema estava congestionado". Maria utiliza o micro-ônibus Nossa Senhora da Nazaré. "O motorista teve de me deixar em uma rua com ônibus comum para que eu pudesse pagar a passagem com dinheiro", relata.

A Urbs, via assessoria de imprensa, disse que até o meio-dia de ontem apenas quatro cartões avulsos não funcionaram. "Foi um problema no chip do cartão. Já fizemos a correção no sistema e tudo está normalizado."

Há duas possibilidades de cartão: o convencional, feito na Urbs, e o avulso, que custa R$ 3. Quando o usuário faz a carga no avulso, ele paga o valor da passagem de ônibus (R$ 2,70) mais a taxa administrativa das bancas, de R$ 1. Compras realizadas com cartão de débito ou crédito, no entanto, têm acréscimo de 5%, que é o custo que o dono da banca tem pela utilização do serviço.

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