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A falta de infraestrutura e de um plano de carreira do Sistema Único de Saúde (SUS) afasta os médicos neonatologistas das cidades do interior do estado. O presidente da seção estadual da Sociedade Paranaense de Pediatria, Gilberto Pascolat, reconhece que faltam leitos em várias regiões do Paraná. De acordo com ele, a escassez das vagas acontece, em parte, pela falta de profissionais especializados em neonatologia no interior do estado.

Distribuição desigual de leitos de UTI ameaça saúde de bebês

Segundo pesquisa do IBGE, apenas 6,6% das 5.560 cidades brasileiras têm leitos de UTI neonatal na rede pública de atendimento

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Soma-se a isso o fato não existir estrutura disponível em algumas cidades do interior para dar suporte médico a um recém-nascido com risco de entrar em óbito, o que afasta mais os especialistas dessas localidades. “O pediatra não quer trabalhar em um local onde, se precisar de uma cirurgia cardíaca em um bebê, por exemplo, não vá conseguir vaga. Quem será o responsável pelo fato será o médico, que irá responder judicialmente”.

Além da questão estrutural, o salário não atrai médicos especialistas para atuar no SUS. “O médico prefere se estabelecer em uma cidade mais estruturada, como Curitiba, onde há mais condições e oportunidades, do que ir para o interior e ganhar o mesmo salário que ganharia atuando na capital”, afirma. Isso reduz o número de médicos neonatologistas em cidades do interior e dificulta a abertura de novos leitos de UTI neonatal. “Com a ausência de um plano de carreira para o médico do SUS, quem sofre as consequências acaba sendo a população”, afirma Pascolat.

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