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A história do casal de psicólogos Sandra Mara e José Henrique Volpi mostra como a falta de infraestrutura no Judiciário afeta diretamente crianças que estão nos abrigos e pais que desejam adotar. Em setembro do ano passado eles optaram pela adoção. O perfil selecionado, dupla de irmãos com até 6 anos de idade, foi bem diferente da maioria, que deseja uma menina recém-nascida. Como a idade e a existência de doenças eram questões negociáveis – eles estavam dispostos a adotar crianças com HIV – o casal imaginou que o processo seria rápido.

Mas os entraves começaram antes da habilitação. Eles tiveram de negociar uma vaga em um curso para adotantes, caso contrário só cumpririam este pré-requisito em março deste ano, e a entrevista com o profissional da equipe multidisciplinar foi realizada por uma estagiária.

Há um mês eles receberam a ligação de uma dirigente de um abrigo de Canoinhas (SC) conhecida da família dizendo que tinha um casal de irmãos de 4 e 8 anos que seriam encaminhados à adoção internacional por falta de pretendentes. José Henrique e Sandra manifestaram o interesse em ficar com os dois, mas descobriram que mesmo estando habilitados desde fevereiro, o nome deles não constava ainda no Cadastro Nacional de Adoção.

Para vencer a burocracia, eles tiveram de levar uma cópia do processo para a comarca de Chapecó para provar que poderiam adotar. Hoje eles estão com a guarda provisória dos filhos Rafael e Angélica e aguardam os trâmites para a guarda definitiva.

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