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Em Maringá, serviço foi interrompido em maio. Desde então, peritos colocam a mão na massa | Ivan Amorim/Gazeta do Povo
Em Maringá, serviço foi interrompido em maio. Desde então, peritos colocam a mão na massa| Foto: Ivan Amorim/Gazeta do Povo

A falta de serviço de limpeza em algumas unidades do Instituto de Criminalística tem afetado o trabalho de peritos em cidades como Maringá, Umuarama, Paranaguá e Curitiba. De acordo com o Sindicato dos peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sincopar), o serviço foi interrompido nesses locais por causa do fim dos contratos com empresas terceirizadas, que não haviam sidos renovados pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná.

Em Maringá, o serviço de limpeza foi interrompido em 15 de maio deste ano, segundo a chefe da sessão técnica da cidade, Carmen Schlichting. Ela afirma que, desde então, os peritos da unidade se revezam no serviço de limpeza. "Um tira o lixo, outro varre o prédio, e outro limpa o banheiro", conta. O problema, segundo Carmen, é que para realizar a limpeza os peritos têm de abandonar momentaneamente suas funções. "Neste tempo que dedicamos à limpeza, deixamos de fazer um laudo técnico, por exemplo."

A situação é semelhante nas unidades do Instituto de Criminalística de Umuarama e Paranaguá, onde a limpeza foi interrompida há quatro e três meses, respectivamente. Em Curitiba, a interrupção é mais recente e ocorre desde 31 de outubro.

No entanto, para evitar atrapalhar o trabalho dos peritos em Umuarama e Paranaguá, auxiliares de limpeza "emprestados" realizam a faxina. Em Umuarama, a limpeza fica por conta de uma funcionária da ala administrativa da Polícia Civil local. Em Paranaguá, uma senhora designada para serviços gerais se tornou a responsável pela limpeza do Instituto local. Já em Curitiba, cartazes fixados nas paredes solicitam aos funcionários a colaboração na manutenção da limpeza do Instituto.

Segundo Dimas Castilho, chefe da sessão técnica de Umuarama, a direção estadual do Instituto afirma que a Sesp se comprometeu em contratar funcionários ou uma nova empresa para prestar os serviços até 14 de novembro. O prazo é o mesmo informado à unidade de Paranaguá, segundo uma funcionária que não quis se identificar.

No entanto, a assessoria de imprensa da Sesp não determinou à reportagem uma data limite para que o problema seja resolvido. A assessoria se limitou a dizer que os processos de contratação do serviço de limpeza para todas as unidades do estado estão em fase final de trâmite interno.

O presidente do Sincopar, Leandro Lima, disse que o sindicato aguarda que a Secretaria resolva a questão dos contratos em breve. "Se não resolver, vamos convocar toda a classe [de peritos] para tomar uma medida mais séria." Segundo o presidente, uma paralisação dos funcionários não está descartada.

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