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Embora a área da saúde tenha sido a que mais recebeu investimentos federais no Paraná em 2005 (R$ 1,2 bilhão, até novembro), ela também é a que ainda tem mais dinheiro não liberado pela União. De acordo com o levantamento do escritório de representação do Paraná em Brasília, no mês passado ainda faltavam sere investidos no Paraná R$ 230,5 milhões (divididos em recursos do Fundo Nacional de Saúde e da Fundação Nacional de Saúde).

A Fundação Nacional da Saúde (Funasa), por exemplo, deixou de repassar R$ 20,9 milhões destinados a ações de saneamento ambiental. Também não liberou R$ 2,99 milhões que deveriam ser usados no combate do mosquito da dengue em todo o Paraná.

Além disso, também continua bloqueado muito dinheiro que deveria ser aplicado pelos municípios para construir e equipar postos de saúde e comprar ambulâncias. Fazenda Rio Grande, município da região metropolitana de Curitiba, por exemplo, tem direito a R$ 100 mil da União. Mas o dinheiro ainda não havia chegado até novembro. Diante do montante total destinado à saúde que ainda não foi repassado, parece pouco. Mas faz falta ao município, assegura a secretária municipal da Saúde, Cristiana Façanha.

Os recursos, diz Cristiana, seriam utilizados para equipar três das oito unidades de saúde de Fazenda Rio Grande. Juntas, elas são responsáveis pelo atendimento de cerca de 300 pessoas por dia. "O município investe 22% do orçamento em saúde, quando a obrigação é investir 15%. Mas mesmo assim o dinheiro do governo federal faz falta." Segundo ela, Fazenda Rio Grande cresce muito: 8% por ano. E, por isso, a demanda por serviços públicos é sempre crescente.

Os recursos da União destinados ao município seriam aplicados sobretudo na aquisição de equipamentos médicos, na informatização dos postos de saúde e na compra de móveis. Segundo Cristiana, devido à escassez de recursos, a prefeitura prioriza os gastos em aparelhagem médica e na compra de insumos para o atendimento e acaba deixando em segundo plano investimentos, por exemplo, na informatização e na troca do mobiliário, que muitas vezes está em más condições.

Ela considera, porém, fundamental informatizar o sistema para que os prontuários médicos possam estar disponíveis em um banco de dados digital e para que a prefeitura instale o cartão-ponto eletrônico (fundamental para cobrar o cumprimento da jornada de trabalho dos funcionários da saúde e para organizar o almoxarifado dos remédios). "A informatização teria reflexos inclusive na diminuição da fila de espera", afirma a secretária. "A compra de mobiliário também parece supérflua, mas não é", acrescenta Cristiana. Segundo ela, móveis novos e mais confortáveis fazem parte de um conceito de bom atendimento ao cidadão.

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