O desaparecimento do jornalista cinematográfico Anderson Leandro da Silva, de 38 anos, completou cinco dias, ontem, com uma mudança de rumo nas investigações: a hipótese de sequestro começou a ganhar força. As apurações passaram a ser conduzidas pelo Grupo Tigre, elite da Polícia Civil especializada em casos com reféns, e acompanhadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Oficialmente, as autoridades evitam falar sobre a nova linha de investigação, mas são grandes as evidências de que o jornalista tenha sido vítima de uma emboscada. A família acredita nessa tese e de que a atuação de Anderson Leandro em movimentos sociais esteja relacionada ao caso.
O rapaz foi visto pela última vez no início da tarde de 10 de outubro. Ele saiu de sua produtora de vídeo, no bairro Rebouças, em Curitiba, pouco depois das 12h30, a bordo de uma van Kangoo (placa AON-8615). Anderson iria a Quatro Barras, onde se reuniria com um cliente para fazer um orçamento. Entretanto, o jornalista não chegou à cidade da região metropolitana.
Telefone rastreado
A quebra do sigilo telefônico de Anderson mostra que ele recebeu ou fez uma ligação, já próximo a Quatro Barras, meia hora depois de ter saído da produtora. No dia seguinte 11 de outubro a operadora de telefonia captou que o celular dele esteve nos bairros Tarumã e Parolin, em Curitiba. Após isso, o aparelho perdeu o sinal.
O suposto cliente da produtora, com quem o jornalista se reuniria, não voltou a entrar em contrato com a produtora, cobrando o produtor pela ausência. Por isso, os familiares acreditam que alguém tenha se passado por cliente para atraí-lo.
O coordenador do curso de Jornalismo da Facinter, Valdir José Cruz, foi ameaçado após se manifestar via Facebook, insinuando que Anderson Leandro tenha sido sequestrado por policiais. "Recebi uma ameaça. Vou ter que pedir proteção policial", disse na rede social.
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