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“Estamos com bastante dificuldades”, disse a mãe de Fagner, Sheila Curupaná | Brunno Covello/Gazeta do Povo
“Estamos com bastante dificuldades”, disse a mãe de Fagner, Sheila Curupaná| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Um ano e quatro meses depois de morrer atropelado em serviço, a família do soldado Fagner Luiz Curupaná da Costa ainda não recebeu o seguro de R$ 100 mil a que tem direito. Esposa, filho e mãe solicitam o seguro desde setembro, quando o inquérito policial militar que apurou o caso foi encerrado. Em dezembro de 2013, o soldado Fagner e seu colega Ananias Lopes, 34 anos, foram atropelados após descerem da viatura na margem da PR 418, no bairro Botiatuvinha. Lopes perdeu a perna direita e pede uma prótese ao HPM - que está em processo de aquisição -, conforme contou a reportagem da Gazeta do Povo na quarta-feira (8). O condutor do veículo foi detido em flagrante na época e saiu após pagar fiança.

Sem a perna, soldado está revoltado por não conseguir prótese pedida ao HPM

O militar perdeu a perna após ser atropelado durante patrulhamento em dezembro de 2013. Ele ainda não recebeu a prótese que solicitou ao Hospital da PM.

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“Estamos com bastante dificuldades”, disse a mãe de Fagner, Sheila Curupaná. Segundo ela, Fagner deixou um filho, de 13 anos, que mora com a ex-mulher do soldado e que depende da pensão do policial. Os pais do policial também passam por dificuldades. O pai dele entrou em depressão após a morte do filho e não trabalha. A mãe dele precisa cuidar do marido. “Estamos tendo problemas para manter a casa”, contou Sheila.

Promoção

PM censura WhatsApp de policiais

Memorando interno determina que os policiais peçam autorização de seus superiores para enviar mensagens que mencionam a corporação.

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Fagner tinha ainda o direito a promoção para cabo, já que morreu em serviço. A pensão seria maior como cabo, mas ainda não foi efetivada, de acordo com o advogado da família Gabriel Bittencourt. O processo de promoção já foi analisado por uma comissão interna da PM, mas faltava - até o fechamento desta edição - a publicação da promoção no boletim interno e geral da polícia para o trâmite ser cumprido e a família ser beneficiada.

Processo criminal contra suspeito

O homem que atropelou os policiais ainda não foi denunciado formalmente pelo Ministério Público (MP) à Justiça. O motivo é que a promotoria responsável, na Vara de Delitos de Trânsito, solicitou diligências complementares algumas vezes, segundo conta a família. A reportagem teve acesso ao último pedido do MP à polícia, enviado à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) no dia 19 de março, para complementar o inquérito.

A promotoria pede dados sobre sinalizações vertical e horizontal no local do acidente, velocidade que estava o veículo que atingiu os policiais. Apesar disso, o MP considera que o trâmite tem sido normal. O delegado Vinicius Augustos de Carvalho, responsável pelo caso, informou que relatou o inquérito ao MP em janeiro e que cada investigação tem seu tempo necessário.

Este caso, de acordo com ele, ocorreu dentro de um prazo considerado razoável. Ele informou que deve responder a promotoria em breve dentro do prazo determinado de 90 dias para que seja oferecida a denúncia.

O que diz a Secretaria de Segurança

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, o pedido de indenização da família de Fagner está na Seção de Direitos da PM, “aguardando alvará judicial para ser encaminhado à Sesp”. Segundo a pasta, o estado já reconheceu o pedido do seguro. “Assim que o pedido de indenização chegar à Sesp, serão tomadas as providências de ressarcimento à família”, explicou a nota.

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