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Maringá – Ainda abalados emocionalmente pela morte da pecuarista Maria Izabel Gil dos Reis, 58 anos, familiares que residem em Londrina pedem que as autoridades estaduais de saúde parem de dar desculpas e evitem novas mortes por dengue hemorrágica no Paraná. "Esperamos que os municípios parem de jogar a culpa um no outro e se atentem mais ao combate desse mal", disse o neto da vítima, o advogado Henrique dos Reis Niehues, 22 anos. A missa de sétimo dia de Maria Izabel será realizada amanhã, às 19 horas, na Igreja Nossa Senhora Rainha do Universo, no Jardim Alvorada, em Londrina. Ela faleceu na madrugada da última segunda-feira, em Londrina, após passar pelas cidades de Maringá e Paranavaí.

A prefeitura de Maringá divulgou uma nota de esclarecimento sobre o caso na quinta-feira. No documento, a Secretaria de Saúde confirmou o que negava no início da semana: que Maria Izabel passou por um hospital e um posto de saúde da cidade entre os dias 13 e 15, já com os primeiros sintomas da doença. Uma enfermeira teria indicado a internação no Hospital Municipal, mas a vítima teria optado por fazer o tratamento através do plano de saúde e viajou no dia seguinte para Londrina.

No entanto, a família da vítima garante que não foi dada nenhuma orientação sobre internamento e lamenta que, mesmo com os sintomas de dengue, não foi realizado nenhum exame de sangue ou sorologia. Por isso, ela recebeu alta e foi embora. Niehues comenta ainda que de nada vale ficar tentando identificar o local onde sua avó contraiu a doença e sim evitar o sofrimento para outras famílias com uma ação mais efetiva de combate e prevenção da doença.

Em todo o Paraná, até a última quinta-feira, já foram registrados 2.424 casos positivos de dengue, sendo 272 importados e 2.152 autóctones (contraído no próprio município), e 7.845 notificações desde o início do ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Maringá registra uma epidemia. Até ontem foram computados 398 casos positivos e 1.603 notificações, sendo que 95% são de origem local e uma média de 65% tem focos nos quintais de residências. O número já é quase o dobro do total registrado nos últimos três anos: 207 casos.

Hoje, como parte da "operação de guerra" contra o mosquito Aedes aegypt, aproximadamente 400 pessoas devem participar de um arrastão nos sete bairros da cidade que mais apresentam focos do mosquito: Mandacaru, Operária, Aeroporto, Requião, Guaiapó, Esperança e Borba Gato. A ação, que começa às 8 horas, foi batizada como Dia Municipal de Combate à Dengue.

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