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Depois de viver dois dias de tensão, o casal José Adolfo e Andréia Majed luta para esquecer as horas em que sua filha única, de 5 anos, esteve nas mãos de seqüestradores. O pai já voltou ao trabalho, mas a mãe vai se afastar da creche onde dá aulas. "Minha filha está assustada e precisa de mim nesse momento", afirma Andréia.

A criança também não deve voltar à escola tão cedo. "Ela não quer ver ninguém, não fica sozinha no quarto, nem com a luz apagada. Quando chega visita em casa, ela corre para trás da gente", conta o pai.

O seqüestro ocorreu na última quinta-feira, quando mãe e filha saíam de casa, no centro de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. O carro em que estavam foi abordado no portão por um homem armado. Valdecir da Silva, 23 anos, mandou Andréia descer e fugiu com a menina. Ele e a comparsa, Maria Rita Ferreira da Silva, 33 anos, pediram à família um resgate de R$ 300 mil. No sábado, a polícia encontrou o cativeiro, numa chácara em Quitandinha.

Apesar de tudo ter acontecido na porta de casa, a família não pensa em se mudar. "Não vamos mudar nossa vida, afinal, não tivemos culpa. Fomos vítimas de pessoas ruins", afirma José Adolfo.

Solução

A psicóloga Alessandra Sendrich, explica que, após um seqüestro, o trauma e o medo fazem parte da reação inicial. Depois, vem o estresse pós-traumático, que pode se traduzir em desânimo, tristeza ou insônia. "Como não houve violência, a criança tem grandes chances de não desenvolver traumas. Já no caso dos pais, é preciso resolver o problema dentro da cabeça deles, para que a rotina se restabeleça."

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