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Manifestação marcou o segundo dia de audiência, ontem | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Manifestação marcou o segundo dia de audiência, ontem| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

No segundo dia de audiência de instrução do caso da médica Virgínia Soares de Souza, acusada de ter antecipado a morte de pacientes do Hospital Evangélico, alguns familiares de supostas vítimas protestaram em frente do Tribunal do Júri de Curitiba. A presença deles foi o que de mais concreto ocorreu durante toda a tarde de ontem, já que o processo corre em segredo de Justiça. Enquanto os familiares pediam que a médica e os outros sete acusados sejam julgados pelo júri, cerca de 30 pessoas seguiam os questionamentos com as testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público.

Ao final da madrugada de quarta-feira, sete pessoas foram ouvidas, entre elas o auditor, representante do Ministério da Saúde, Mário Lobato da Costa. Até o fechamento desta edição, mais três testemunhas haviam sido sabatinadas. A expectativa do juiz do caso, Daniel Surdi de Avelar, era de terminar com essa primeira fase do processo até o final da madrugada de hoje, com oito testemunhos. Ainda há mais duas pessoas que serão ouvidas por carta precatória, já que residem em outro estado.

Entre os testemunhos principais de ontem estava o ex-auxiliar de enfermagem de Virgínia, Silvio Duarte de Almeida. Durante as investigações, ele afirmou que a médica deixava claro que gostaria de desafogar os leitos no hospital.

Cada testemunho tem durado entre três e quatro horas. Além de questionamentos dos quatro promotores e do magistrado, seis advogados de defesa fazem perguntas. De acordo com um deles, que preferiu não se identificar, o clima alternou entre tensão e tranquilidade na sala de audiência. O promotor Paulo Markowicz de Lima espera que a instrução e a decisão por levar os acusados ao júri popular ocorram até o final do ano.

Defesa

A defesa da médica Virgínia, conduzida pelo advogado Elias Mattar Assad, disse que o auditor do Ministério da Saúde teria falado, durante seu depoimento, que a leitura dos prontuários não permite concluir se houve antecipação nas mortes investigadas no Hospital.

A reportagem tentou entrar em contato com o médico auditor. O Ministério da Saúde disse, no entanto, que Costa informou que não vai falar sobre o caso.

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