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Emoção na devolução dos bebês: mães resistiram no começo, mas aceitaram | Renato Conde/O Popular/AE
Emoção na devolução dos bebês: mães resistiram no começo, mas aceitaram| Foto: Renato Conde/O Popular/AE

Recém-nascido tem pulseira alterada em MG

A Polícia Civil de Três Corações (MG) confirmou ontem à tarde que a pulseira de identificação de um bebê recém-nascido foi adulterada por uma enfermeira da maternidade do Hospital São Sebastião. Segundo o delegado Marco Aurélio Chauke, uma análise preliminar confirmou que as primeiras anotações feitas no acessório foram apagadas. A suspeita de troca de bebês começou depois que uma mãe reclamou da rasura na pulseira.

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São Paulo - Depois de passarem mais de um ano com os bebês trocados, duas mães de Goiás voltaram para suas casas, ontem, levando seus filhos biológicos. A polícia diz que a troca ocorreu no dia do nascimento, 25 de março de 2009, no Hospital Santa Lúcia, em Goiânia.

A confusão foi descoberta porque uma das mães foi abandonada pelo marido, que suspeitou de traição. A pele do bebê era clara e os pais são pardos. Ela decidiu então fazer um teste de DNA. O resultado saiu na última sexta-feira e confirmou a troca. O menino havia sido trocado por uma criança que, até então, estava sendo criada por uma produtora rural em Terezópolis de Goiás, cidade a 27 quilômetros da capital Goiânia.

A delegada Adriana Accorsi disse que a destroca foi feita com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, que dá à criança o direito de ser criada pela família biológica. A polícia fez um levantamento de todos os bebês que nasceram no dia 25 de março de 2009 na maternidade e pediu exame de DNA. Segundo a delegada, as mães resistiram no início, mas aceitaram a ideia quando viram as crianças e reconheceram semelhanças físicas.

Em família

A dona de casa Elaine Gomes de Oliveira Pires, 28 anos, moradora de Terezópolis de Goiás, pretende se mudar para a capital Goiânia e participar da criação do menino que até agora havia cuidado como filho. A vendedora Keila, 23 anos, mãe do bebê cuidado por Elaine, recebeu bem a ideia. Apesar de chorarem muito, as mães estão conformadas, se sentem aliviadas com a destroca e convivem em clima familiar. "Keila é agora uma irmã para mim e os dois serão como irmãos gêmeos", disse Elaine.

Segundo a Justiça, as certidões de nascimento dos meninos já foram anuladas. Psicólogos da Vara da Infância e Juventude darão apoio às mães e acompanharão o processo.

As duas mães pretendem mover uma ação de danos morais contra o Hospital Santa Lúcia. É o segundo caso de troca de bebês no mesmo hospital. Os partos ocorreram cerca de quatro meses depois de ter sido revelada a troca de duas recém-nascidas, que acabaram sendo destrocadas e entregues aos pais biológicos 21 dias depois.

Três enfermeiras vão ser indiciadas pela troca dos bebês de Keila e Elaine. A pena prevista para esse tipo de crime vai de 2 a 6 anos de reclusão. As enfermeiras trocaram as pulseirinhas de identificação dos bebês e os resultados dos testes de impressão dos pezinhos.

Em depoimento à polícia, duas delas negaram irregularidades. Outra se recusou a comentar o caso e disse que só falaria em juízo.

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