Famílias são despejadas em Campo Largo

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Uma área com ocupação irregular foi desocupada definitivamente nesta quarta-feira (15) no bairro Jardim São João I, em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. O terreno, em um fundo de vale, é da prefeitura e foi invadido por seis famílias em 2004. Quatro famílias já tinham sido tiradas do local há dois meses. Das restantes, uma foi retirada na sexta-feira (10) e a outra na terça-feira (14).

A família de Ambrosio Borges da Silva, 29 anos foi colocada em uma casa cedida pela Provopar. Ele, porém, terá que deixar a moradia provisória na quinta-feira (16) e procurar outro local para se abrigar com a mulher e quatro filhos. Já a família de Irene Horacemiv, 32 anos, não tem para onde ir. A casa onde vivia com os três filhos foi destruída para que não voltassem ao local da invasão.

O presidente da Associação de Moradores de Serraria, Nelson Souza, acredita que a prefeitura deveria garantir a moradia das famílias despejadas. Ele disse, ainda, não entender porque apenas os moradores mais pobres estão sendo retirados do local. "Tem verdadeiras mansões ali e nenhum deles foi retirado", afirma.

O diretor do departamento de urbanismo, da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano, de Campo Largo, Carlos Groth, disse desconhecer que tenha havido retirado de moradores na área nesta quarta. Segundo ele, se houve o despejo, foi apenas o cumprimento de ordem judicial. Ele afirma que a área teria sido considerada como de preservação ambiental pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Segundo o diretor, a prefeitura não possui nenhuma área onde possa alojar as famílias despejadas. "O processo para liberação de áreas é muito demorado. Depende de liberação do IAP e da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba)", explica.

Curitiba

Um terreno de 220 m² localizado na Rua Hussein Ibrahim Omair, na Vila Osternack, no bairro Sítio Cercado, provocou uma disputa entre prefeitura e moradores, na terça-feira (14). Durante a manhã, a Guarda Municipal despejou os ocupantes da área pertencente ao município. Quatro pessoas, entre elas uma adolescente, acusam os agentes de abuso de poder e lesão corporal.