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Suspeitos de pedofilia são presos no PR e no Rio

A Polícia Federal prendeu ontem um homem acusado de posse de material pornográfico infantil, em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba. A partir de denúncias, os policiais chegaram à casa do homem de 60 anos, onde encontraram material de conteúdo pornográfico infantil. A polícia encontrou mais de 1 milhão de imagens ilegais. A prisão ocorre na mesma semana em que a 2ª Vara Criminal Federal de Curitiba condenou, por crimes idênticos, quatro pessoas em 2009 pela Polícia Federal.

No Rio de Janeiro, foi preso ontem pela manhã um homem de 27 anos acusado de pedofilia. Ele foi detido no prédio onde trabalha. Segundo policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente, havia um mandado de prisão contra ele expedido pela Justiça, por ter praticado violência sexual contra sua enteada de 12 anos. As prisão faz parte de uma série de ações desencadeadas pela delegacia especializada, que, até a próxima terça-feira, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, vai cumprir mandados de prisão e concluir inquéritos envolvendo crimes sexuais.

Rio de Janeiro - O abrigo na zona sul do Rio de Janeiro onde está a menina de 2 anos que teria sido torturada pela procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes vem sendo procurado por famílias que demonstram interesse em adotar a criança. A menina, no entanto, continua muito abalada. Ela está em tratamento psicológico e sob cuidados médicos e não pode receber visitas. Ela estava sob a guarda de Vera Lúcia, que pretendia adotá-la.

"Temos de fazer tudo com muita paciência, no tempo da menina. O que ela precisa agora é de carinho. Vamos aguardar até que ela demonstre estar bem'', disse a juíza Katerine Jatahy Kitsos, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso. Segundo a juíza, o caso é o mais grave que o Juizado da Infância já registrou na cidade. "Essa situação é absolutamente isolada, totalmente fora da regra. Nós acompanhamos todas as adoções e nunca houve nada parecido."

A menina foi abandonada três vezes antes de ir para a casa da procuradora, no dia 14 de março. Quando tinha 6 meses, em janeiro de 2008, foi abandonada na casa de desconhecidos, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e levada para um abrigo. Seis meses depois, sua mãe biológica recuperou a filha.

Em fevereiro de 2009 a criança foi mais uma vez abandonada, desta vez na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Ela ficou durante dois meses aos cuidados de uma família da região. Durante esse período, a mãe a visitou duas vezes. Mais uma vez a mãe recuperou a guarda para pouco depois deixar a criança com desconhecidos no Morro Azul, no Flamengo, e novamente ela foi resgatada pelo Conselho Tutelar e encaminhada para adoção.

Prisão

Depois de se apresentar à Justiça na quinta-feira, Vera Lúcia Gomes passou a noite em uma cela individual especial, para quem tem nível superior, no Presídio Nelson Hungria, no conjunto penitenciário de Bangu. Ela estava foragida havia oito dias. A prisão foi decretada no dia 5 de maio pelo juiz da 32.ª Vara Criminal do Rio, Guilherme Schilling Pollo Duarte. Ao se apresentar, a procuradora chorou ao ouvir o juiz Guilherme Duarte ler os autos do processo em que é acusada.

Ainda na tarde de quinta-feira, a defesa pediu a revogação da detenção, mas o juiz negou. Para ele, a soltura pode prejudicar a colheita de provas. Jair Leite Pereira, advogado da acusada, disse que espera obter "pelo menos" a prisão domiciliar e fez ontem um novo requerimento à Justiça. Pereira reafirmou que a cliente nega as acusações. Em gravações de áudio entregues à polícia, a suspeita chama a criança de "maluca" e de "vaca" enquanto obriga que ela coma. Fotos anexadas ao inquérito mostram lesões nos olhos da menina.

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