No alto do Morro do Palácio, favela na zona sul de Niterói (RJ), uma construção de traços sinuosos e fachada envidraçada destoa dos cerca de 800 casebres, onde vivem 4 mil pessoas. É uma obra de Oscar Niemeyer - o primeiro prédio público do arquiteto numa favela -, construída pela prefeitura para abrigar oficinas e laboratórios, além de uma sala de leitura para moradores.
O Módulo de Ação Comunitária ganhou o apelido de Maquinho. Fica de frente para o MAC, museu destinado à arte contemporânea, projetado por Niemeyer e que se tornou símbolo da cidade. Se para imaginar o MAC o arquiteto tinha a inspirá-lo o generoso platô, que se debruça sobre a Baía da Guanabara, o Maquinho foi um desafio - o terreno, na encosta do morro, era exíguo. "Ainda não fui visitar, mas parece que ficou bom, combinou com a paisagem", diz Niemeyer.
O arquiteto dispunha de um terreno de 600 metros quadrados, que foi praticamente todo aproveitado. O Maquinho tem dois andares, divididos em salas de oficinas, informática e biblioteca. Três dessas salas estão integradas num grande salão de exposições - mas a ideia é que divisórias de madeiras removíveis possam separá-las, de acordo com a necessidade. As ações culturais no Morro do Palácio começaram em 1999, com a intenção de integrar a comunidade vizinha ao MAC, inaugurado três anos antes.
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