Goioerê – Agentes do FBI (A polícia Federal norte-americana), com o auxílio de um intérprete da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, interrogaram, ontem, por telefone, a mãe de Carla Vicentini, Tânia Maria Pereira Vicentini e o namorado, Thiago Amaro Alves. Carla é a estudante paranaense que está desaparecida nos Estados Unidos desde o dia 9 de fevereiro.

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Por mais de três horas, os agentes perguntaram à mãe da universitária detalhes da vida dela durante o ano passado, como informações sobre ex-namorados e a respeito do francês naturalizado americano, José Fernandes, de 75 anos. Fernandes é proprietário do apartamento, na Avenida Ferry Street, em Newark, em New Jersey, onde a universitária de 22 anos e a brasiliense Eduarda Ribeiro, de 20 anos, moravam.

"Até coisas que eu não imaginava eles me perguntaram", diz Tânia. Segundo ela, os agentes demonstraram preocupação e interesse em solucionar o caso o mais breve possível. "Senti boa vontade e empenho no trabalho que estão fazendo. Eles me tranqüilizaram muito, prometeram dedicação quase exclusiva no caso." Apesar do interrogatório, os agentes não passaram novidades do caso à família. "Eles prometeram que, assim que tiverem novidades concretas, entram em contato", conta Tânia.

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Além da mãe, os agentes do FBI interrogaram, por mais de uma hora, o namorado de Carla, Thiago Amaro Alves, de 23 anos, que mora em Niterói (RJ). Segundo ele, cerca de 40 perguntas foram feitas pelos agentes. "Eles queriam saber tudo, desde quanto tempo conhecia Carla até quantas vezes conversávamos por dia." Conforme Thiago, os agentes centraram parte das perguntas sobre o proprietário do apartamento onde Carla e Eduarda Ribeiro moravam.

Comissão

A Câmara dos Deputados não autorizou o envio aos Estados Unidos de uma comissão formada por deputados para pressionar as autoridades americanas e auxiliar nas intermediações sobre o desaparecimento da universitária. O pedido de envio da comissão foi feito no dia 23 pelo deputado federal Hermes Parcianello (PMDB), que é amigo da família.

A autorização teria de ser dada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB). "Ele entendeu que é um caso para a polícia americana resolver", disse Parcianello. Diante disso, o deputado protocolou ontem na Câmara dos Deputados um ofício pedindo a sua liberação para viajar aos Estados Unidos, sob o argumento de que a presença de um parlamentar brasileiro pode influenciar e tencionar as autoridades americanas. Segundo ele, caso haja a liberação para a viagem que será sem ônus à Câmara, a intenção é estar nos Estados Unidos na próxima segunda-feira.