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São Paulo e Campo Grande (MS) - O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 42 anos, foi condenado a 15 anos de cadeia como mandante do assassinato do traficante João Morel, ocorrido em janeiro de 2001, dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Os sete jurados, cinco mulheres e dois homens, admitiram que ele ordenou o homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e cruel. Eles não aceitaram a terceira qualificação de que o crime seria por pagamento. O júri durou 9 horas e 20 minutos.

Beira-Mar negou o envolvimento no crime. Na sala de julgamento da 1.ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, foram retirados o colete a prova de balas e as algemas do réu. Segundo a acusação, na época do assassinato um grupo de traficantes do Rio, liderado por Beira-Mar, disputava o domínio do tráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai com um grupo de João Morel. Ele acabou morto com golpes de uma espécie de faca fabricada pelos presos no presídio de segurança máxima de Campo Grande. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), em juízo Beira-Mar afirma que não teve envolvimento no assassinato porque, à época, morava na Colômbia.

O traficante foi preso também em 2001, na Colômbia. Beira-Mar, já condenado a mais de 67 anos de prisão por crimes relacionados, em sua maioria, ao tráfico de drogas, passou por diferentes unidades prisionais e, desde 2007, cumpre pena no presídio federal de Campo Grande. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de suspensão do julgamento formulado pela defesa do traficante.

Por causa do julgamento, foram bloqueadas as ruas que dão acesso ao fórum da cidade. O esquema contou com agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), da Força de Segurança Nacional e policiais militares. O agente federal penitenciário que fazia a segurança do preso na Sala do Júri desmaiou na hora em que os sete jurados prestavam juramento, e caiu no ombro de Beira-Mar. O agente do Depen teria desmaiado por fraqueza e foi substituído.

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