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O ponto alto da procissão foi o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, com a Virgem de Caacupê, padroeira do Paraguai | Oswaldo Eustáquio/Gazeta do Povo
O ponto alto da procissão foi o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, com a Virgem de Caacupê, padroeira do Paraguai| Foto: Oswaldo Eustáquio/Gazeta do Povo
  • Cerca de 150 mil pessoas participaram do evento em Paranaguá

Debaixo de um sol escaldante, milhares de fieis marcharam na 200.ª edição da Procissão Solene em homenagem a Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, na tarde desta sexta-feira (15). Os fiéis acompanharam com devoção e fé o trajeto da santa que saiu do Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio, em direção a Igreja Matriz, localizada no centro histórico de Paranaguá. Essa procissão é a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Procissão do Círio de Nazaré.

De acordo com organizadores do evento, aproximadamente 150 mil pessoas participaram dos dias de festa. O padre redentorista Joaquim Parron disse que essa demonstração de fé dos fiéis emociona a todos da organização do evento, que cresce a cada ano.

Este ano a procissão teve seu percurso alterado e passou pelo viaduto da Rua Professor Cleto. Após cinco anos de construção, a obra foi inaugurada hoje (15) pela manhã para receber os romeiros da procissão.

O ponto alto da procissão foi o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, com a Virgem de Caacupê, padroeira do Paraguai. Em Paranaguá existe uma comunidade paraguaia que montou uma barraca com músicas típicas paraguaias. Quando as duas imagens se encontraram todos aplaudiram de forma emocionada e ouvia-se júbilos em pelo menos três idiomas: português, espanhol e guarani. "Ñandeyara tanderovasa", diziam emocionados alguns paraguaios, a expressão que significa "Que Deus abençoe".

A aposentada Maria de Jesus, de 70 anos, há quatro anos sai de São José dos Pinhais para acompanhar a procissão. "Sou devota de Nossa Senhor do Rocio e a cada ano que venho nesta festa religiosa me sinto mais revigorada", disse.

Aos 83 anos de idade, a dona Eliza Soares Souza levou a filha Gleide Tavares, de 62 anos, que esta usando cadeira de rodas devido um acidente que resultou na fratura das duas pernas, à procissão. Com muita dificuldade ela empurrava a filha e entoava cânticos de devoção. "Eu trouxe minha filha a procissão com o objetivo de buscar uma graça. Quero ver minha filha totalmente curada, logo", disse Eliza. Muito emocionada, Gleide, que mora nas proximidades da Igreja do Rocio, disse que só o fato de sua mãe estar com ela nesse momento especial já é uma graça alcançada. Para o reitor do Santuário do Rocio, padre Sérgio Campos, esta família veio ao lugar certo porque ele essa procissão é conhecida como milagrosa.

Este ano, além dos parnanguaras e dos visitantes que freqüentam a festa há vários anos, muitas pessoas vieram pela primeira vez com o objetivo de receber a indulgencia plenária, que significa o perdão de todos os pecados, o que é concedido apenas a cada 25 anos pelas normas da Igreja.

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