• Carregando...

Colegas de trabalho, as auxiliares de limpeza Silvana Pimentel, 35 anos, e Denise Canfild, 36 anos, sempre chegam por volta das 18h10 na estação-tubo do ligeirinho Bairro Novo, imediações da Praça Rui Barbosa, em Curitiba. Mas os cinco minutos de antecedência não são garantia de embarque no ônibus que parte às 18h15 em direção ao ponto final no Osternack, no Sítio Cercado. Muito menos no ligeirinho seguinte, que sai cinco minutos depois. "Não tem um dia que a gente chegue aqui e não tenha fila para entrar no tubo", queixa-se Silvana, que viaja em média 40 minutos no ônibus até chegar em casa.

A reclamação é a mesma de centenas de passageiros que usam uma das três linhas diretas que têm estações de parada na Rua Desembargador Westphalen: Bairro Novo, Colombo/CIC e Curitiba/Araucária. Com capacidade para 50 usuários cada, os tubos não suportam a demanda no fim da tarde.

O resultado não é difícil de imaginar: estação lotada, filas do lado de fora e passageiros estressados. "Levantei às 6 horas da manhã para trabalhar e estou louco para chegar em casa, mas tenho que ficar aqui vendo o ônibus chegar e ir embora", afirma o pedreiro Luiz Martins, 54 anos. Vira e mexe ocorre briga porque alguém tenta passar na frente de outro.

A maior espera ocorre na estação do Bairro Novo. A fila que começa na catraca do tubo, na Westphalen, dobra a esquina na Rua André de Barros, formando um "L", e chega perto do cruzamento com a Doutor Muricy. O número de pessoas que fica do lado de fora seria suficiente para encher pelo menos mais três tubos. São cerca de 30 metros de fila indiana que divide espaço na calçada com outros pedestres, telefones públicos, placas e até carrinho de pipoca.

E quando chove? "A gente fica na chuva", responde de bate-pronto o pintor Jackson Fernandes da Silva, 32 anos, que nem enxergava o tubo quando se posicionou em último lugar na fila já na André de Barros.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]