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Com um mês de vida, elas estão longe da mãe e só devem retornar após seis meses
Dois filhotes de lontra e um de babuíno são os mais novos moradores do Zoológico Municipal de Curitiba. Adolfo e Astolfinho, como foram batizados os dois filhotes de lontra, estão recebendo cuidados especiais no Hospital Veterinário do Passeio Público, enquanto o babuíno, ainda sem nome, continua com a família no zoológico.
Os dois machos de Lontra longicaudis, espécie brasileira ameaçada de extinção, nasceram há cerca de um mês, mas foram tirados da mãe porque, em crias anteriores, ela matou os filhotes. Sob os cuidados dos veterinários, eles são amamentados com leite especial, recebem estímulos para defecar e urinar e devem passar a comer peixes a partir do próximo mês.
Segundo o veterinário Marcelo Bonat, os dois já estão com mais de 600g e em uma semana engordaram quase 100g. "Eles vieram com duas semanas e só devem voltar a zoológico quando chegarem aos seis ou oito meses de vida, desde que consigam se alimentar sozinhos", diz.
O tratamento é o mesmo que foi dado ao pai das lontras que chegou em 2007 ao Zoológico de Curitiba, fruto de uma apreensão da Polícia Florestal. Bonat também destaca que ver os filhotes de lontras nascerem é um momento gratificante já que esta espécie dificilmente se reproduz em cativeiro.
O babuíno, que nasceu na mesma semana das lontras, permanece com os pais. Ele é o filhote de um babuíno que chegou a Curitiba em 2008, após ser apreendido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de um circo em Foz do Iguaçu, no Oeste, onde sofria maus-tratos. Com a chegada de fêmeas ao espaço, o zoológico conta agora com um filhote que pode ser visitado.Outras espécies
Bonat destaca que o ano de 2010 foi marcado pelo nascimento de espécies importantes no Zoológico Municipal de Curitiba. Onça, cisne branco, pavão, mico-leão-da-cara-dourada, sagui-de-tufo-preto, macaco aranha, papagaio e muriqui, são algumas das espécies que ganharam novas moradorias neste ano. "O muriqui nasceu no dia 4 de maio e já anda sozinho, o macaco aranha ainda é bem jovem, nasceu em agosto. Mas o mais importante é saber que as espécies se sentem bem no espaço e estão se reproduzindo", finaliza.
Nova casa
No início de novembro, o Zoológico de Curitiba anunciou que Léo, um macaco de um ano e meio da espécie monocarvoeiro passaria a receber cuidados especiais dos veterinários do Passeio Público antes de de retornar ao zoológico para viver com um novo grupo de monocarvoeiros.
