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Carro incendiado: população se revoltou contra crime praticado em Colombo. | Rodolfo Büher/Gazeta do Povo
Carro incendiado: população se revoltou contra crime praticado em Colombo.| Foto: Rodolfo Büher/Gazeta do Povo

Fevereiro mais uma vez aparece com destaque nas estatísticas de violência de Curitiba e região metropolitana. Neste sábado e domingo, foram registrados 23 assassinatos – mais do que em qualquer fim de semana de janeiro. No ano passado, fevereiro foi o mês com maior número de mortes violentas na região.

Os dados do Instituto Médico-Legal mostram que, neste fim de semana, houve um crime com morte a cada duas horas – os homicídios envolvem morte com armas de fogo, armas brancas e agressões.

Com esses números, os seis primeiros fins de semana de 2009 somam 80 assassinatos. Em 2008, no mesmo período foram 65. O aumento é de 21%. Sem esquecer que o carnaval – período usualmente mais violento – ocorreu no primeiro fim de semana de fevereiro de 2008.

De 12 casos acompanhados pela reportagem da Gazeta do Povo, três mortes estavam ligadas a tentativas de roubo; os restantes, segundo a polícia, dizem respeito a acertos de contas relacionados ao tráfico de drogas e ainda sendo investigados.

Um caso que chocou os moradores de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, foi o da manicure Valdiléia Costa e Silva, de 32 anos, morta em um bar. Segundo frequentadores, o suspeito é o marido da vítima. Ele teria entrado no bar, dado diversos tiros e ferido mais três pessoas. Indignadas, as testemunhas do crime incendiaram o veículo do atirador, que fugiu.

IML

Uma das consequências do número de casos foi o acúmulo de corpos na câmara fria do Instituto Médico-Legal, em Curitiba. Nos dois dias do fim de semana, o IML recebeu 36 corpos envolvidos em crimes violentos, queda, queimadura, afogamento e acidentes de trânsito.

"Estão que nem cachorro lá. Tiveram de remover uns 20 corpos até encontrar o nosso", disse o funcionário de uma funerária, que preferiu não se identificar. De acordo com ele, foram duas horas para encontrar o corpo que ele deveria encaminhar à funerária onde trabalha – o normal é uma espera de no máximo 15 minutos. A reportagem procurou o IML, mas foi avisada de que o responsável só poderia falar hoje.

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